IBGE: Com 28,5 milhões de pessoas, número de subutilizados no trabalho bate recorde histórico

Com a economia sob o comando de Bolsonaro e Paulo Guedes, também bateu recorde o número de trabalhadores sem carteira assinada no país, parcela que somou 11,4 milhões de pessoas, o equivalente a, aproximadamente, 18% de toda a população ocupada no país em maio

Bolsonaro e Paulo Guedes, ministro da Economia (Foto: Isac Nóbrega/PR)Créditos: Reprodução / Divulgação redes sociais
Escrito en POLÍTICA el
A crise econômica e o subemprego se aprofundam cada dia mais sob o comando de Jair Bolsonaro (PSL) e seu ministro da Economia, Paulo Guedes. Dados divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que o número de trabalhadores subutilizados chega a 28,5 milhões, batendo recorde da série histórica, iniciada em 2012. O número representa alta de 2,7% (mais 744 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e de 3,9% (mais 1.066 mil pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2018. O grupo de trabalhadores subutilizados reúne os desempregados, aqueles que estão subocupados ou fazendo bicos (menos de 40 horas semanais trabalhadas), os desalentados (que desistiram de procurar emprego, embora pudessem assumir uma vaga de trabalho caso lhe fosse oferecida) e os que poderiam estar ocupados, mas não trabalham por motivos diversos, como mulheres que deixam o emprego para cuidar dos filhos. Também bateu recorde o número de trabalhadores sem carteira assinada no país, parcela que somou 11,4 milhões de pessoas, o equivalente a, aproximadamente, 18% de toda a população ocupada no país em maio. Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, o número aumentou 3,4% (mais 372 mil pessoas). Outro recorde histórico é no número de desalentados, com 4,9 milhões de pessoas que desistiram de procurar emprego. Desempregados Segundo o IBGE, o número de desempregados "ficou estatisticamente estável" tanto em relação ao mesmo período de 2018, como ao trimestre anterior (de dezembro de 2018 a fevereiro de 2019). A taxa de desemprego no Brasil variou para 12,3% no trimestre encerrado em maio, atingindo 13 milhões de pessoas. É a segunda queda seguida e a menor taxa desde o trimestre encerrado em janeiro (12%). No mesmo trimestre do ano passado estava em 12,7%.