“Independentemente de qual é sua ideologia, ele não é uma boa opção”, diz Marina Helou

De acordo com Marina Helou, candidata à deputada estadual pela Rede Sustentabilidade, a campanha tem a importância grande lembrar que a candidatura de Bolsonaro é uma afronta à democracia. Segundo ela, essa é a oportunidade de vários grupos que defendem os avanços da sociedade se posicionarem.

Marina Helou. Foto: Instagram
Escrito en POLÍTICA el
No dia 29 de setembro espera-se uma grande mobilização de mulheres pelo Brasil contra a eleição do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). Essa reação nas ruas veio da hashtag #EleNão, que começou a circular nas redes sociais e mobilizou artistas, pensadoras e políticas. Até o dia do ato, a Fórum irá entrevistar mulheres que aderiram à campanha. De acordo com Marina Helou, candidata à deputada estadual pela Rede Sustentabilidade, a campanha tem a importância grande de lembrar que a candidatura de Bolsonaro é uma afronta à democracia. Segundo ela, essa é a oportunidade de vários grupos que defendem os avanços da sociedade se posicionarem. “Independentemente de qual é sua ideologia, ele não é uma boa opção para o País”, afirma a candidata. De acordo com ela, Bolsonaro não tem propostas para saúde e educação e suas poucas propostas para a segurança pública não têm nenhuma base teórica. Para Marina, falta conhecimento de País para o candidato. Além disso, ela relembra posicionamentos evidentemente xenófobos, LGBTfóbicos e machistas que o candidato tem. O maior receio dela em relação a uma eleição de Bolsonaro é que ele será um risco à democracia. “Ele tem um vice que é militar e já colocou que a Constituição tinha que ser feita por notáveis e não pelo povo”, lembra. Segundo ela, isso coloca a vontade do povo em uma posição frágil. “A gente tem um risco real de voltar a um regime ditatorial militar por meio do voto”, alerta a candidata que lembra da importância de outras mulheres que estão na corrida eleitoral se posicionarem também. “O silêncio é o melhor amigo dos grandes perigos da sociedade. O silêncio é conivente com esse risco que a gente está vivendo. Independentemente da sua ideologia, a proposta que ele traz é contra tudo o que a gente acredita”, diz Marina que afirma que todas as mulheres brasileiras precisam estar presentes no protesto do dia 29 pelo #EleNão. “É fundamental que todas as mulheres estejam presentes para garantir que não seja naturalizado um discurso de que nós somos inferiores na sociedade. Isso é incabível em 2018”, explica a candidata que está ajudando a organizar o ato em São Paulo. Para ela, é preciso também que aquelas que já aderiram à campanha ajudem a manter o diálogo com mulheres que decidiram votar em Bolsonaro. Segundo ela, é preciso conversar e explicar que a política está “ruim”, mas que ele não é uma opção para melhorar essa situação. “A gente tem que mostrar que, apesar de entender esses motivos, uma resposta fácil, de revolta e populista não vai resolver o problema. Tem que mostrar o que a gente pode ter de retrocessos reais”, conclui.