Indicados por Queiroz, ex-assessores de Carlos Bolsonaro nunca estiveram na Câmara do Rio

Claudionor e Márcio Gerbatim são, respectivamente, sobrinho da atual mulher de Fabrício Queiroz e ex-marido dela. Eles são investigados no caso Coaf, por também terem trabalhado como funcionários de Flávio Bolsonaro (PSL/RJ) na Alerj

Fabrício Queiroz, Flávio e Carlos Bolsonaro (Montagem)
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Reportagem de Caio Sartori, na edição desta segunda-feira (3) do jornal O Estado de S.Paulo, revela que dois ex-assessores de Carlos Bolsonaro, que forma indicados por Fabrício Queiroz para ocupar os cargos, nunca emitiram crachá funcional ou registraram entrada como visitantes na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Segundo a reportagem, a Câmara afirma que qualquer servidor da Casa precisa fazer uma das duas coisas para comprovar que tem frequência, mesmo que exerça funções externas – um deles estava registrado como motorista. De acordo com os documentos, obtidos via Lei de Acesso à Informação, Claudionor Gerbatim de Lima e Márcio da Silva Gerbatim - que tiveram o sigilo bancário e fiscal na investigação que apura suposto esquema de lavagem de dinheiro no gabinete do hoje senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) - passaram o período em que estavam lotados no gabinete de Carlos sem ter a presença atestada pelo sistema da Câmara. Claudionor e Márcio são, respectivamente, sobrinho da atual mulher de Fabrício Queiroz e ex-marido dela. Eles já estiveram lotados em gabinetes dos dois irmãos na Alerj, quando Flávio era deputado estadual, e na Câmara municipal, com Carlos.