Após admitir em entrevista à Veja que não tem um plano para responder de imediato à crise e ser provocado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse na manhã desta sexta-feira (13) que vai "reagir" em 48 horas, aprensentando uma proposta econômica diante do avanço do Coronavírus no Brasil e no mundo.
“Quero atender o pedido do presidente Rodrigo Maia dizendo estamos atentos, da mesma forma que ele pediu. Estamos reagindo em 48 horas”, disse Guedes.
Adepto do Estado mínimo, o discípulo de Milton Friedman na escola neoliberal disse que quer usar bancos públicos para ajudar empresas que eventualmente entrarem em dificuldades. Ele tem reunião nesta sexta-feira com os presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, e da Caixa, Pedro Guimarães.
Guedes ainda pretende flexibilizar saques do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), além de dispor de medidas relacionadas ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), todos recursos públicos que o governo pretende passar para a esfera privada.
Mesmo assim, Guedes aproveitou para intensificar a chantagem em prol das reformas. “Gostaria também que as principais lideranças políticas do país reagissem também com muita velocidade a nossas reformas para reforçar a saúde econômica do Brasil”.