Infiltrado por Bolsonaro na reunião do PSL pode ter mandato cassado e ameaça "foder o parlamento inteiro"

"Eu vou bagunçar o coreto de todo mundo, vou sacudir o Brasil", ameaçou Daniel Silveira (PSL-RJ), bolsonarista que quebrou a placa de Marielle Franco durante a campanha eleitoral em 2018

Bolsonaro e Daniel Silveira (Reprodução/Facebook)Créditos: Reprodução
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Infiltrado por Jair Bolsonaro para gravar escondido a reunião da bancada do PSL e ameaçado de expulsão pela cúpula do partido, o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) enviou mensagem aos colegas de partido prometendo "foder o parlamento inteiro" caso tenha seu mandato cassado. “Alerto sobre a tentativa de pedir cassação de mandato. Garanto que não estão acostumados com alguém como eu. Tenho muita coisa para foder o parlamento inteiro. Eu vou bagunçar o coreto de todo mundo, vou sacudir o Brasil. Espero que possamos, depois de tudo, encontrar meios de achar um caminho”, ameaçou, segundo a coluna de Bela Megale, no jornal O Globo desta terça-feira (22). Silveira se notabilizou entre os conservadores após quebrar a placa com o nome de Marielle Franco na campanha de 2018. No áudio explosivo, gravado e divulgado pelo deputado, o Delegado Waldir (PSL-GO) aparece chamando Bolsonaro de “vagabundo” e afirmando que iria “implodir” o governo e o presidente. O deputado do PSL emprega em seu gabinete um funcionário condenado por receptação de carro roubado. Apesar de ter utilizado diversas vezes o argumento de que “bandido bom é bandido morto”, Silveira nomeou James Filgueiras Branco como secretário parlamentar em 16 de julho, cargo que faz jus ao salário de R$ 2.282 líquidos e auxílio de R$ 982.