Inflação dispara entre os mais pobres: cesta básica ficou 36,18% mais cara em novembro

Um dos itens que empurrou a alta na região do ABC Paulista foi o tomate, que ficou 111% mais caro em relação a 2019, passou de R$ 3,78 para R$ 7,99 o quilo

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A cesta básica na região do ABC, no estado de São Paulo, fechou o mês de novembro com alta de 36,18% em relação ao mesmo período do ano passado – R$ 849,01 ante R$ 623,46; custo adicional de R$ 225,55.

Um dos itens que empurrou a alta foi o tomate, que ficou 111% mais caro em relação a 2019, passou de R$ 3,78 para R$ 7,99 o quilo.

O levantamento é da pesquisa produzida pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André).

As commodities somadas à desvalorização do Real, a exemplo do óleo, que subiu de R$ 3,47 para R$ 7,63 e o arroz, foram alguns dos fatores que contribuíram para a elevação dos preços. “Alguns produtos tiveram fortes interferências externas. No caso específico do feijão e do óleo, os baixos valores desestimularam a produção, que reduzida a oferta, provocaram altas que devem pressionar o consumidor até a chegada de novas safras. Esperamos, contudo, que a situação melhore até ano que vem”, diz o engenheiro agrônomo da Craisa, Fabio Vezzá de Benedetto.

O arroz continua com valor acima da média R$ 27 o pacote de cinco quilos, ante R$ 13,80 no ano passado. “E o preço deve permanecer alto pelo menos até a próxima safra, que deve acontecer em março de 2021”, explica Benedetto.

O engenheiro sugere ainda que para as ceias de fim de ano as famílias troquem as carnes vermelhas por carnes brancas e procurem fazer as compras até a primeira quinzena do mês. “Até o segundo fim de semana do mês as famílias ainda conseguem achar boas ofertas, com preços acessíveis. O que é possível congelar, sugiro que compre já na primeira semana, enquanto o que perecível, deixe para comprar mais perto da época”, diz.

Com informações do Repórter Diário