Informalidade no país bate recorde neste último trimestre de governo Bolsonaro

Enquanto o presidente comemora a queda na taxa de desemprego, o contingente de pessoas na informalidade cresce e passa a representar 41,4% da população empregada no país, a maior taxa desde que o IBGE começou a calcular esse indicador, em 2016

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Escrito en POLÍTICA el
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou nesta sexta-feira (27) que a informalidade no mercado de trabalho brasileiro bateu recorde no trimestre encerrado em agosto. Ao todo, são 38,8 milhões de pessoas nessas condições no país e até setores onde tradicionalmente se contrata com carteira assinada, como indústria e a as atividades de informação, registraram aumento de infomalidade. Dados como esses mostram que o governo de Jair Bolsonaro ainda não tem muito a comemorar. Nesta semana, o presidente divulgou em suas redes sociais a retomada do emprego com base em dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), fazendo com que a taxa de desemprego caísse para 11,8%, contra 12,3% no trimestre encerrado maio. No entanto, parte desse contingente de trabalhadores atua no mercado informal. Ou seja, são empregados sem carteira assinada, trabalhadores por conta própria, empregadores sem CNPJ e trabalhadores familiares auxiliares. Esse contingente representa 41,4% da população empregada no país, a maior taxa desde que o IBGE passou a calcular esse indicador, em 2016.
Ainda, o número de trabalhadores por conta própria chegou a 24,3 milhões, novo recorde na série histórica do IBGE. Também houve recorde no número de empregados sem carteira assinada: 11,8 milhões.