Intervenção militar no Rio chega ao fim sem reduzir mortes violentas

Intervenção federal viu os tiroteios se intensificarem e a letalidade policial atingir o maior patamar dos últimos 16 anos e, até agora, não esclareceu o assassinato da vereadora Marielle Franco

(Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
Escrito en POLÍTICA el
Em 16 de fevereiro, o presidente Michel Temer (MDB) assinava o decreto que transferiu de maneira inédita o comando das polícias, dos bombeiros e do sistema penitenciário do Rio de Janeiro para as mãos do governo federal. Dez meses e duas semanas depois, a medida chega ao fim nesta segunda-feira (31). Daquele dia até aqui, a intervenção militar, liderada pelo general Walter Braga Netto, apesar de conseguir diminuir os roubos no estado, não reduziu as mortes violentas, viu os tiroteios se intensificarem e a letalidade policial atingir o maior patamar dos últimos 16 anos, de acordo com informações da Folha de S.Paulo. Fórum precisa ter um jornalista em Brasília em 2019. Será que você pode nos ajudar nisso? Clique aqui e saiba mais Além disso, até agora, não conseguiu esclarecer o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes, ocorrido em março. A intervenção também só conseguiu usar 8% da verba de R$ 1,2 bilhão disponibilizada pela União — e ainda pode ver até um quarto desse dinheiro voltar aos cofres federais, caso não consiga vinculá-lo a projetos nestes últimos dias. Às pressas A ação federal foi decretada às pressas e sem um plano pronto logo após o Carnaval, quando cenas de roubos em áreas ricas do Rio ganharam as TVs, e teve forte cunho político. Segundo o gabinete de intervenção militar, no total foram quatro militares mortos em operações desde fevereiro e houve 202 eventos de disparos contra as tropas. Agora que você chegou ao final deste texto e viu a importância da Fórum, que tal apoiar a criação da sucursal de Brasília? Clique aqui e saiba mais