Irmãos Batista dizem que pagaram R$ 35 milhões em propinas para Kassab

De acordo com Wesley Batista, foram feitos pagamentos mensais de R$ 350 mil por meio de uma empresa de consultoria

Gilberto Kassab Foto: BIDtransporte / Flickr
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Os irmãos Joesley e Wesley Batista, acusaram em delação premiada, o ministro de Comunicações, Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab (PSD) de ter recebido pagamentos mensais de R$ 350 mil por meio de uma empresa de consultoria da qual é sócio, durante seis anos. Os valores teriam somado R$ 25,2 milhões, transferidos à empresa Yape Assessoria e Consultoria entre 2010 e 2016. Wesley Batista disse que Kassab o procurou em 2011, na sede da JBS, em São Paulo, e solicitou "expressamente" que pagamentos referentes a contratos firmados anteriormente com o grupo Bertin fossem mantidos. Em 2009 a JBS comprou o frigorífico Bertin. Wesley afirmou que um diretor da JBS indagou Natalino Bertin sobre os contratos. Natalino teria contado que eles foram negociados anteriormente com Gilberto Kassab. De acordo com Wesley, além do contrato com a Yape Consultoria, "sem a efetiva prestação de serviços", haveria também um contrato com outra empresa do ministro, este sim com serviços efetivamente prestados, celebrado com a Yape Transportes. Segundo Wesley, houve aluguel de caminhões para levar contêineres da JBS aos portos de Santos e Itajaí, pelo valor de R$ 300 mil a R$ 400 mil mensais. Em nota, a assessoria do ministro disse que "os valores movimentados pelas empresas são compatíveis com os contratos e com os serviços, que foram efetivamente prestados e são facilmente comprováveis, numa relação comercial mantida dentro da estrita legalidade". Leia a matéria completa no Valor