Isolado, Bolsonaro volta a causar aglomeração e apela até para o caso Celso Daniel para chamar atenção

O presidente ainda minimizou as mortes por coronavírus: “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre".

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Em conversa com apoiadores na porta do Palácio do Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro resgatou teorias conspiratórias sobre a morte do ex-prefeito Celso Daniel para cobrar investigações do episódio da facada nesta terça-feira (28).

"É igualzinho ao Celso Daniel. Foi escondido, varrido pra debaixo do tapete a investigação dele. Foi executado e ficou por isso mesmo", afirmou o presidente a apoiadores que se aglomeravam na entrada do Alvorada.

Após fazer a afirmação, um jornalista questionou o ex-capitão se ele estaria acusando a Polícia Federal de ser negligente no caso. "Eu acho que na investigação do Celso Daniel faltou seriedade. Não acusei instituição nenhuma. Execução foi em 2002… Quem assumiu em 2003? Houve ingerência ou não houve? Pelo amor de Deus...", declarou.

"Vocês sabem o que o advogado do PT fez naquela época... Celso Daniel foi torturado e executado porque ele tinha dossiês. Tem certas coisas que não dá pra continuar acobertado", acusou o presidente.

Bolsonaro ainda se negou a comentar o recorde no número de mortos por Covid-19. "Não sei. Coronavírus é o ministro que fala sobre essa questão. Hoje eu tive um contato rápido com ele", disse.

"Não sei [de recorde], tem que falar com o ministro, ele que fala de número. Eu não falo sobre a questão da saúde", afirmou. "Ninguém nunca negou que teremos mortes", completou.

Ao ser informado que o Brasil passou a China no número de mortes ele disse o seguinte: “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre".

Sérgio Moro

Bolsonaro ainda afirmou que Moro precisa provar o que diz contra ele. "Pra encerrar o caso Moro ele que tem que provar que eu interferi e não eu que tenho que provar que sou inocente. Mudou agora? Agora o que ele fala é lei, é verdade? Pelo amor de deus, pô" , disse.