"Isso aí é esgoto, o submundo", diz Kakay sobre blogueiro bolsonarista Allan dos Santos

Para advogado criminalista envolvido em teoria da conspiração, não dá pra dar resposta e credibilidade "a um cidadão desse nível". "São pessoas que vivem no submundo. A gente tem que saber quem está por trás"

O advogado criminalista Antonio Carlos de Almeida, o Kakay (Arquivo)
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O advogado criminalista Antonio Carlos de Almeida, o Kakay, classificou como "esgoto e submundo" a teoria da conspiração criada pelo blogueiro bolsonarista Allan dos Santos que, em live com a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), disse que havia deixado o país para denunciar um suposto plano envolvendo o jurista, os ministros Alexandre de Moraes, Luiz Roberto Barroso e Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) e as embaixadas da China e da Coreia do Norte.

"Eu na verdade não sabia quem era esse Allan dos Santos. Quando me mandaram isso pela manhã, achei que era brincadeira. Quando fui ver, embaixada da China, embaixada da Coreia do Norte, ministros do Supremo. Isso aí é esgoto, o submundo", disse Kakay ao programa Morning Show, da Jovem Pan.

Segundo ele, vários amigos teriam dito para ele abrir processo contra o blogueiro, mas que ele não pretende fazer isso.

"É claro que não vou dar esse prestígio a ele. É uma história tão teratológica".

O jurista, no entanto, diz que se espantou ao perceber que a teoria foi criada em uma live com uma deputada.

"Essa Bia Kicis é minha contemporânea de faculdade. Fiquei espantado em ver isso. Como é que uma deputada federal usa o prestígio que um deputado tem para vir com uma história que é absolutamente ridícula".

O advogado, que atua há décadas em processo criminais envolvendo políticos de todos os partidos, ainda foi acusado por Allan dos Santos de ser "petista".

"Primeiro, não sou nem do PT. Eu nunca tive filiação partidária. Eu advoguei para mais de 90 governadores. No governo Fernando Henrique eu tive 17 ministros que foram meus clientes. No governo Lula e Dilma só 13. Quer dizer, eu perdi um pouco de clientes no governo do PT", disse Kakay.

Para ele, não dá pra dar resposta e credibilidade "a um cidadão desse nível". "São pessoas que vivem no submundo. A gente tem que saber quem está por trás".