Itamaraty caça culpados por tentativa frustrada de homenagear Bolsonaro em Nova York

Ernesto Araújo estaria culpando o cônsul-geral em Nova York, Enio Cordeiro, de não tomar providências contra boicote pela presença de Bolsonaro em evento da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos

Ernesto Araújo (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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Coluna do jornalista Lauro Jardim, na edição desta terça-feira (7) do jornal O Globo, afirma que o ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, está caçando os culpados pela fracassada tentativa de homenagem a Jair Bolsonaro (PSL) no evento promovido pela Câmara de Comércio Brasil-EUA, em Nova York. Segundo a reportagem, o cônsul-geral do Brasil em Nova York, Enio Cordeiro, está sendo responsabilizado por Araújo por não tentar impedir o boicote do Museu de História Natural para sediar o evento e nem teria ido à prefeitura conversar com o prefeito, Bill de Blasio, que chamou Bolsonaro de racista e homofóbico. Por estes motivos, Cordeiro estaria prestes a ser exonerado do cargo. Cancelamento Depois de inúmeras polêmicas, Bolsonaro decidiu nesta sexta-feira (3) cancelar sua viagem a Nova Iorque para participar do evento em que seria homenageado. A decisão de Bolsonaro vem após uma intensa campanha contra sua presença na cidade. Tudo começou quando o Museu Americano de História Natural desistiu de emprestar sua sede para o jantar após receber críticas da comunidade acadêmica. Na sequência, o prefeito de Nova Iorque, Bill de Blasio, do Partido Democrata, disse que Bolsonaro não era bem vindo à cidade e o chamou de racista, homofóbico e destrutivo. A fala do prefeito veio quase que ao mesmo tempo do anuncio do restaurante de luxo Cipriani Hall, sondado pelos organizadores do evento como segunda opção, se recusando a sediar a homenagem. O senador democrata Brad Holyman também promoveu um abaixo assinado e subiu a tag #CancelBolsonaro no Twitter para buscar adesão ao boicote da homenagem ao “homofóbico notório”.