Jair Renan e lobista da Precisa se encontraram na casa da advogada de Bolsonaro

O ex-secretário da Anvisa José Ricardo Santana afirmou à CPI não se lembrar se o filho do presidente estava no encontro; testemunhas disseram que sim

Foto: Instagram/Jefferson Rudy/Agência Senado/Montagem
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O ex-secretário da Anvisa José Ricardo Santana, que largou o emprego para virar lobista da Precisa Medicamentos, disse à CPI da Covid nesta quarta-feira (26), não se lembrar se Jair Renan, filho do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), esteve com ele na casa da advogada do presidente, Karina Kufa.

Pessoas presentes no evento, no entanto, confirmaram à coluna de Guilherme Amado, que os dois estavam no mesmo local, bem como o advogado Marconny Albernaz, também tido como lobista da farmacêutica.

O encontro, de acordo com a coluna, ocorreu num fim de semana de maio e contou com cerca de dez pessoas amigas da advogada.

Informações vazadas

Ainda durante a CPI, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apresentou mensagens, que mostram que Francisco Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos, vazou informações a respeito de uma operação da Polícia Federal (PF) antes de ser deflagrada. 

Na troca de mensagens, Santana conversou com Maximiano e Marcony Albernaz, lobista da Precisa, sobre a Operação Falso Negativo. A ação da PF tinha por objetivo investigar irregularidades na Secretaria de Saúde do Distrito Federal. A Precisa era um dos alvos. 

Ao ser informado a respeito da operação, Albernaz disse: “Já tinha visto. O Max [Maximiano] me avisou”. 

Após mostrar as mensagens, Randolfe fez uma série de questionamentos: “Quem informa o senhor Francisco Maximiano, às 5h16, sobre a operação? De onde vazou a informação da operação? Só quem sabe é a Polícia Federal ou o Ministério Público Federal”, afirmou. “Que poder é esse que os senhores Maximiano e Marcony sabem da operação antes de ela acontecer?”, continuou indagando.

Com informações da coluna de Guilherme Amado