Jean Wyllys: Minha solidariedade à professora Débora Diniz

Debóra já foi reconhecida pela prestigiada revista Foreign Policy como uma das cem mais importantes pensadoras no mundo e está sendo ameaçada até de morte por fascistas

Foto: Nilson Batista/Câmara dos Deputados
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Jean Wyllys demonstra solidariedade a Debora Diniz, professora de Direito da Universidade de Brasília (UnB), que  afirma ter recebido ameaças de morte, por meio de ligações e mensagens. A motivação é o fato de Debora Diniz defender a descriminalização do aborto. No texto publicado em seu Facebook o deputado cita trabalhos da professora que houveram grande prestigio "Debóra já foi reconhecida pela prestigiada revista Foreign Policy como uma das cem mais importantes pensadoras no mundo, pelo trabalho sobre as grávidas que contraíram Zika Vírus, e atualmente também trabalha no instituto de bioética Anis, uma organização que reúne profissionais para atuar junto a entidades sociais, políticas e educativas, assessorando e advogando os princípios dos direitos fundamentais das mulheres." Confira a publicação na integra: Grande pesquisadora sobre temas relativos ao feminismo, bioética e direitos humanos, especialmente a questão do direito ao aborto, a professora está há dias recebendo ameaças por mensagem e telefonema de pessoas que a xingam e demonizam por conta de suas posições.
Ela está entre os intelectuais reconhecidos pela defesa de uma saúde pública que priorize a vida das mulheres e dê a elas o direito de decidir sobre a gravidez, oferecendo aborto legal e seguro por meio da rede pública, e assim evitando os abortos clandestinos, que geram centenas de mortes de mulheres pelo país. Debóra já foi reconhecida pela prestigiada revista Foreign Policy como uma das cem mais importantes pensadoras no mundo, pelo trabalho sobre as grávidas que contraíram Zika Vírus, e atualmente também trabalha no instituto de bioética Anis, uma organização que reúne profissionais para atuar junto a entidades sociais, políticas e educativas, assessorando e advogando os princípios dos direitos fundamentais das mulheres. Entre as mensagens que ela recebeu, algumas a chamam de monstro e assassina e outras, bem mais graves, incitavam diretamente à violência física e a sua morte. Quero, aqui, registrar a minha solidariedade com a professora, que, segundo nota oficial da reitoria da UnB, já está recebendo amparo legal, e mais uma vez reafirmo minha posição favorável à legalização do aborto, materializada no nosso projeto de lei 882/2015, elaborado em parceria com coletivos feministas e com o setorial de mulheres do PSOL. Professora Débora, estamos juntos nessa luta!