O Jornal Nacional, da TV Globo, desta sexta-feira (29) deu destaque a uma entrevista concedida pelo ex-ministro Sérgio Moro, à Revista Crusoé e produziu uma linha do tempo de críticas do presidente Jair Bolsonaro à Polícia Federal.
Na entrevista repercutida pelo telejornal, o ex-ministro afirmou que o presidente deixou de vetar trechos do chamado "pacote anticrime" aprovado no Congresso com o objetivo de proteger o filho Flávio Bolsonaro. Moro destacou "incoerências" do discurso de Bolsonaro com a prática dele como presidente.
Logo em seguida, o telejornal exibiu reportagem da jornalista Camila Bonfim que resgatou uma série de declarações do presidente feitas nas redes sociais ou à imprensa sobre a Polícia Federal e investigações contra seus filhos..
"Sérgio Moro saiu do governo acusando o presidente Jair Bolsonaro de tentar interferir em investigações da Polícia Federal. Desde agosto do ano passado, em pelo menos 10 ocasiões, o presidente reclamou que os filhos estavam sendo investigados ou falou em trocar o superintendente da PF no Rio", disse o apresentador William Bonner na abertura da matéria.
Entre as falas do presidente que foram resgatadas está a em que ele criticou a Polícia Federal ao comentar sobre reportagem do próprio Jornal Nacional sobre os depoimentos do porteiro do condomínio Vivendas da Barra, onde o ex-capitão morava antes de assumir a Presidência.
Conforme revelado pelo JN, nos dois depoimentos dados à Polícia Civil, o funcionário afirmou que um dos envolvidos no assassinato da vereadora Marielle Franco, morta em 14 de março de 2018, esteve no condomínio do presidente Jair Bolsonaro no dia do homicídio e se registrou como visitante de Bolsonaro. No entanto, o acusado (Élcio Queiroz) teria visitado o policial militar Ronnie Lessa, apontado como o autor dos disparos que mataram Marielle.