Joice diz que Bolsonaro atua para brecar prisão após 2ª instância para proteger filho Flávio

Ex-aliada do governo afirma que a maioria das crises entre os Poderes foi criada por um dos filhos, “ou o filho da ‘rachadinha’, ou o filho do Twitter”

Joice Hasselmann - Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
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Para a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), Jair Bolsonaro está trabalhando no Senado para brecar a volta da prisão após condenação em segunda instância com o objetivo de proteger seu filho, Flávio Bolsonaro, envolvido no escândalo da "rachadinha". Segundo ela, o presidente pediu a Fernando Bezerra (MDB-PE), líder na Casa, para atuar contra a medida. Em entrevista a Angela Boldrini, da Folha de S. Paulo, e Constança Rezende, do UOL, Joice afirmou que não abandonou o presidente. “Foi ele que abandonou muitos daqueles que lutaram fielmente por ele, do lado dele, para que nós pudéssemos fazer um país melhor e aí eu posso te dar uma lista infinita de pessoas, Santos Cruz (ex-ministro de Secretaria do Governo), o próprio general Ramos (atual ministro da pasta), que foi atacado muitas vezes pelos filhos, Mourão (vice-presidente), Bebianno (ex-ministro da Secretaria-Geral)”, disse. Não é sócio Fórum? Quer ganhar 3 livros? Então clica aqui. “Você vai pegando pessoas que foram fiéis a vida toda, ou pelo menos nessa vida política agora e que simplesmente foram usadas e descartadas. Me decepcionei, sim. Um pouco com isso do caráter, de não cumprimento de palavra e com esse desejo de sufocar qualquer um que tenha vida própria, que tenha algum brilho próprio”, afirmou Joice. Filhos prejudicam Para ela, os filhos de Bolsonaro prejudicaram desde o princípio. “A maioria das crises entre os Poderes, e mesmo dentro do Palácio, do Executivo, foi criada por um dos filhos, ou o filho da ‘rachadinha’, ou o filho do Twitter, que ficava xingando todo mundo, Rodrigo Maia, Davi Alcolumbre, no momento em que pautas importantes precisavam entrar na votação”, destacou. “Não adianta vir um moleque no Twitter achincalhar um presidente de Congresso, amiguinho. Entre na fila, vai disputar eleição, vira presidente do Congresso. Quem é o fedelho para fazer uma coisa dessas? Nós aqui, como parlamentares, podemos discordar, debater, derrotar e aprovar projetos. Agora, não dá para o filho do presidente criar crises de maneiras sucessivas, e foi o que aconteceu”, ressaltou.