Jornalista de Época diz que criança indígena levada por Damares "não foi salva de ser enterrada"

Pelo Twitter, Natália Portinari ainda se defende da acusação de que teria entrado no Xingu sem autorização e sido expulsa pelos indígenas. "Mentira, é claro. A coordenação autorizou nossa entrada, temos tudo documentado com gravações. Fomos bem recebidos. Os kamayurá quiseram falar com a gente".

Montagem (Reprodução/Twitter)
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A jornalista Natália Portinari, da revista Época, deu alguns detalhes da reportagem de capa da revista, em que uma indígena descreve um suposto sequestro de criança pela ministra da Família, Mulher e Direitos Humanos, Damares Alves. Leia também: Vaza capa de Época com suposto relato de sequestro de criança indígena por Damares Alves "Estive no Xingu e ouvi a família de Lulu, a menina adotada por Damares, para a @RevistaEpoca. Segundo a ministra, Lulu foi adotada aos 6 anos. É preciso que fique claro: Lulu não foi salva de ser enterrada por Damares. Isso só ocorre com recém-nascidos". Em uma sequência de tuítes, a jornalista diz que os indígenas da tribo Kamayurá dizem que a memina foi sequestrada por Damares e que a querem de volta. "A história que me contaram é simples. Damares e a amiga, Márcia Suzuki, levaram a menina para a cidade para tratar dos dentes. Prometeram que ela voltaria depois, mas isso nunca aconteceu. Os kamayurá pedem: "Queremos Lulu de volta". Dizem que ela não era maltratada". Segundo ela, "a lei exige que a adoção de crianças indígenas passe pela Justiça, com aval do MPF e da Funai. Perguntamos a Damares se havia alguma decisão judicial desse tipo. Ela não apresentou. Perguntamos se Lulu sofria risco de vida, como alega a ministra. Ela não informou". Natália ainda se defende da acusação de que teria entrado no Xingu sem autorização e sido expulsa pelos indígenas. "Mentira, é claro. A coordenação autorizou nossa entrada, temos tudo documentado com gravações. Fomos bem recebidos. Os kamayurá quiseram falar com a gente". Leia a sequência de tuítes da jornalista. Nossa sucursal em Brasília já está em ação. A Fórum é o primeiro veículo a contratar jornalistas a partir de financiamento coletivo. E para continuar o trabalho precisamos do seu apoio. Saiba mais.