Jornalistas são proibidos de levar maçã inteira na posse de Bolsonaro, diz repórter do El País

Além de uma maratona de revistas por policiais, os jornalistas também estão enfrentando a hostilidade dos seguidores do capitão da reserva, que rotineiramente tece críticas aos profissionais de imprensa.

Reprodução/Twitter Afonso Benites
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O repórter Afonso Benites, que faz a cobertura da posse do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) nesta terça-feira (1) pelo site espanhol El País, afirmou em sua conta no Twitter, que os jornalistas estão sendo impedidos de levar maçã inteiras na cerimônia. Leia também: Confinados na posse, jornalistas falam pelo Twitter: “não pulem as cordas, se pularem, levam tiros” "Maçã é um dos alimentos proibidos para os jornalistas que cobrem a posse de Bolsonaro. Na inspeção de segurança, os policiais pedem para quem as leva, cortá-las ao meio. Mas ninguém tem faca. O destino: lixeira", disse o jornalista. Além de uma maratona de revistas por policiais, os jornalistas também estão enfrentando a hostilidade dos seguidores do capitão da reserva, que rotineiramente tece críticas aos profissionais de imprensa. Segundo reportagem do próprio Benites, na edição desta segunda-feira (31) do El País, profisionais da imprensa ficarão em média sete horas fechados em locais pré-determinados e não poderão se deslocar entre locais-chave de Brasília. Ao contrário de posses presidenciais anteriores, está proibido o deslocamento de jornalistas entre o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Palácio do Itamaraty, locais que sediarão as solenidades. Quem tem a credencial para um desses lugares não poderá ir até o outro. Além disso, coube à Secretaria de Comunicação da Presidência, em acordo com a equipe de transição, definir quais locais cada jornalista poderia cobrir. As limitações feitas à imprensa chamaram a atenção do sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal, que pediu mudanças em algumas dessas regras. Mas nada foi alterado.