Jungmann disse que o Rio vive uma ‘metástase’ e os sintomas são sentidos na política e na polícia

Ele disse ainda que o crime organizado controla 830 comunidades da cidade, o que começa a ter uma projeção na política, no estado, nos órgãos de controle e nas polícias

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
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O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que o crime organizado do Rio se assemelha a uma "metástase", cujos sintomas são sentidos na política e na polícia. A frase surgiu ao comentar as investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) na tarde desta terça-feira (24).

O ministro ainda pediu "desculpas aos cariocas" pela comparação com a doença e concluiu com a promessa de que no final do ano a intervenção federal entregará um Rio melhor, mas ainda não "curado" dos seus últimos governos.

“Eu vou utilizar um termo forte e peço desculpas aos cariocas presentes. Eu gosto muito do Rio de Janeiro. Mas o Rio vive uma metástase. Quando o crime organizado controla 830 comunidades da cidade, ele começa a ter uma projeção na política, no estado, nos órgãos de controle e nas polícias”, disse.

Balanço da intervenção

O ministro também fez um balanço da situação da intervenção federal no Rio. Ele usou a expressão "um copo meio cheio, um copo meio vazio", ao tratar dos resultados:

“Esses resultados são percebidos universalmente pela população carioca? Não. Mas os indicadores do ISP (Instituto de Segurança Pública) já começam a apresentar melhorias. Não são como nós gostaríamos de tão fundo que foi o poço. Mas ficará um legado ainda este ano, embora o período seja incipiente”, disse Jungmann.

Com informações do Estadão