Justiça marca audiência entre Carlos Bolsonaro e Paulo Pimenta: "Punição servirá de exemplo aos que caluniam"

Deputado petista, que revelou em setembro que Bolsonaro teria chorado para que Alexandre de Moraes não prendesse Carlos Bolsonaro, terá acareação no processo de calúnia que move contra o filho do presidente.

Carlos Bolsonaro e Paulo Pimenta (Foto: Imagem 1 Redes Sociais/ Imagem 2 Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)
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A data está marcada: 14 de fevereiro. Neste dia, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) ficará cara a cara com o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), investigado por comandar o chamado Gabinete do Ódio, que constrói narrativas e propaga fake news para defender o pai, Jair Bolsonaro (PL).

"Estamos aguardado está audiência para que a justiça responsabilize o vereador pelos crimes cometidos. Sua punição deverá servir de exemplo para todos (as) que fazem da calúnia e da difamação um método de fazer política", disse Pimenta à Fórum.

O deputado entrou com processo contra Carlos Bolsonaro no 9º Juizado Especial Criminal do Rio pedindo que o filho do presidente apagasse uma publicação de novembro de 2019 e se retratasse por chamá-lo de “Montanha” - apelido que foi atribuído a Pimenta a partir de planilhas adulteradas da Odebrecht pela Operação Lava Jato.

Em julho, Carlos rejeitou um acordo para encerrar a ação, pagando R$ 6,6 mil a uma instituição de caridade.

Choro e acordo com Alexandre de Moraes

Em setembro, Pimenta revelou nas redes sociais que o silêncio repentino do presidente Jair Bolsonaro após as estrepolias do feriado de 7 de setembro, quando liderou manifestações abertamente golpista e com ameaças ao Supremo Tribunal Federal (STF), seria parte de um acordo firmado entre o ministro Alexandre de Moraes e o atual inquilino do Planalto, para que seu filho Carlos, apontado como chefe do Gabinete do Ódio, não fosse preso.

Pimenta já havia contado que fontes palacianas narraram uma cena patética na qual Bolsonaro chorou ao telefone com o ministro do STF, ao lado de Michel Temer (que foi levado a Brasília às pressas), para evitar que Carluxo, o rebento 02, tivesse sua prisão decretada pela Justiça.