Kim Kataguiri acredita que, em 2022, segundo turno será entre Bolsonaro e o PT

Em entrevista, líder do MBL teceu inúmeras críticas a Jair Bolsonaro, seu candidato no segundo turno das últimas eleições, e analisou que, do jeito que as coisas vão, o atual presidente deverá enfrentar Lula ou o candidato de Lula em 2022

Foto: Reprodução/YouTube
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O deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) disse, em entrevista à Folha de S. Paulo publicada neste domingo (5), que acha provável que o presidente Jair Bolsonaro enfrente o ex-presidente Lula ou o candidato que o petista indicar em um segundo turno da eleição presidencial de 2022. "Você tem uma radicalização do discurso para continuar essa polarização com o PT, para, no final das contas, fazer com que o Bolsonaro em 2022 vá para o segundo turno ou com o [ex-presidente] Lula ou com algum candidato do Lula", analisou o parlamentar. "Mantida a temperatura atual, tudo se desenha para um cenário em que o Bolsonaro vai para o segundo turno com um candidato petista", completou. O líder do Movimento Brasil Livre (MBL), no entanto, ponderou que o próximo presidente da República pode não estar colocado, hoje, como candidato. Em meio a inúmeras críticas a Jair Bolsonaro, candidato apoiado por seu grupo, o MBL, no segundo turno da eleição de 2018, Kataguiri falou ainda que não apoiará, em 2022, seu correligionário Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, para uma eventual corrida à presidência da República. "Jamais apoiaria o Rodrigo Maia para presidente da República. Esse alinhamento com o centrão não faria o menor sentido com a minha bandeira, não faria o menor sentido com o que eu defendo, me alinhar com um projeto desse", disse. "Acho que é legítimo, se ele quisesse disputar, que dispute a Presidência da República. Mas eu discordo da visão de mundo dele, assim como discordo da visão de mundo de outros que eu não vou apoiar", completou. Estelionato eleitoral  Kim Kataguiri, na mesma entrevista, tentou se esquivar da pecha de "traidor" que alguns bolsonaristas tentam emplacar em sua imagem. "O Jair Bolsonaro não foi nosso candidato no primeiro turno. A gente decidiu apoiar na última semana porque ficava claro que o segundo turno seria entre ele e o Haddad. A gente deixou bastante claro que seria o voto útil. Então, não há, em nenhum momento, traição do nosso lado", declarou. Para o líder do MBL, Bolsonaro não vem cumprindo as promessas de campanha no que tange à agenda liberal e ao combate à corrupção. De acordo com Kataguiri, o presidente vem "utilizando o Estado de maneira patrimonialista para proteger o próprio filho, o senador Flávio Bolsonaro, de investigações".  

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