Em nova fase da Lava Jato desencadeada nesta quinta-feira (5), o juiz Marcelo Bretas, da Justiça Federal do Rio de Janeiro, determinou a prisão de Astério Pereira dos Santos, ex-secretário nacional de Justiça do governo Michel Temer.
Preso em sua casa no Leblon, o ex-secretário de Temer é suspeito de lavagem de dinheiro e de ter ajudado na fuga do empresário Arthur Cesar de Menezes Soares Filho, o Rei Arthur, acusado de pela da Lava Jato de atuar na compra de votos para trazer a Olimpíada de 2016 para o Rio.
Além de Astério, são alvos da operação o filho, Carlson Ruy Ferreira, apontado como sócio do ex-secretário; e um delegado da Polícia Civil do RJ.
Procurador aposentado do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), Astério integrou o governo Temer em 2017. Assumiu em março e pediu demissão em novembro daquele ano.
Para ocupar o cargo federal, Astério se aposentou do MPRJ -- condição em que perdeu o foro privilegiado. Com isso, o inquérito foi enviado para a primeira instância, onde Bretas atua.
Antes, esteve à frente da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) no governo Rosinha Garotinho, entre 2003 e 2006, de onde pesam as suspeitas de lavagem de dinheiro.
No total, foram expedidos 32 mandados de busca e apreensão.