Leonardo Boff confessa "pecado" por ter os "piores desejos" por Bolsonaro, que fará churrasco em meio à pandemia

"Ele precisa ser interditado pois mostrou sinais claros de desvio mental", disparou o religioso, que ainda comparou Bolsonaro ao imperador romano Nero

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O teólogo e religioso Leonardo Boff fez uma forte declaração em seu Twitter, na noite desta sexta-feira (8), sobre as intenções de Jair Bolsonaro em organizar, neste final de semana, um "churrasco para 30 mil pessoas", justamente na semana em que o Brasil bateu recorde de mortes causadas pelo novo coronavírus.

Referência da Teologia da Libertação, Boff confessou-se "pecador" por ter " os piores desejos para quem convidou para o churrasco e para todos os participantes".

"Confesso-me pecador, pois estou fazendo os piores desejos para quem convidou para o churrasco e para todos os participantes. É como Nero que tocava flauta enquanto Roma ardia. A nação chora e está em luto e ele caçoa das lágrimas de milhares de famílias. É o BolsoNero", escreveu.

https://twitter.com/LeonardoBoff/status/1258946792298819585

Em outra postagem, o teólogo afirmou que Bolsonaro tem "desvios mentais". "Creio que o Presidente ultrapassou todos os limites toleráveis, fazendo um churrasco para uma multidão de pessoas enquanto a nação está em luto. Ele precisa ser interditado pois mostrou sinais claros de desvio mental. É caçoar do sofrimento de milhares", postou.

Na tarde de sexta-feira, quando o Brasil ultrapassava as 700 mortes em 24 horas em decorrência da Covid-19, Bolsonaro afirmou que faria um churrasco para 30 pessoas no domingo. Mais tarde, como se não bastasse o absurdo em organizar um evento em meio à pandemia e em desrespeito às orientações de isolamento social, o presidente ainda debochou e disse que faria um churrasco para 3 mil pessoas.

“Quem estiver aqui amanhã a gente bota para dentro. Três mil pessoas no churrasco amanhã”, disse o ex-capitão.