O teólogo e religioso Leonardo Boff fez uma forte declaração em seu Twitter, na noite desta sexta-feira (8), sobre as intenções de Jair Bolsonaro em organizar, neste final de semana, um "churrasco para 30 mil pessoas", justamente na semana em que o Brasil bateu recorde de mortes causadas pelo novo coronavírus.
Referência da Teologia da Libertação, Boff confessou-se "pecador" por ter " os piores desejos para quem convidou para o churrasco e para todos os participantes".
"Confesso-me pecador, pois estou fazendo os piores desejos para quem convidou para o churrasco e para todos os participantes. É como Nero que tocava flauta enquanto Roma ardia. A nação chora e está em luto e ele caçoa das lágrimas de milhares de famílias. É o BolsoNero", escreveu.
Em outra postagem, o teólogo afirmou que Bolsonaro tem "desvios mentais". "Creio que o Presidente ultrapassou todos os limites toleráveis, fazendo um churrasco para uma multidão de pessoas enquanto a nação está em luto. Ele precisa ser interditado pois mostrou sinais claros de desvio mental. É caçoar do sofrimento de milhares", postou.
Na tarde de sexta-feira, quando o Brasil ultrapassava as 700 mortes em 24 horas em decorrência da Covid-19, Bolsonaro afirmou que faria um churrasco para 30 pessoas no domingo. Mais tarde, como se não bastasse o absurdo em organizar um evento em meio à pandemia e em desrespeito às orientações de isolamento social, o presidente ainda debochou e disse que faria um churrasco para 3 mil pessoas.
“Quem estiver aqui amanhã a gente bota para dentro. Três mil pessoas no churrasco amanhã”, disse o ex-capitão.