Líder do motim no Ceará, deputado do PSL almoçou com Bolsonaro horas antes do ataque a Cid Gomes

Conhecido aliado da PM-CE, André Fernandes estava em Brasília no dia 19, e conversou com o presidente sobre a greve. Pouco depois do encontro, em Sobral, o movimento que ele apoia atacou a tiros o senador do PDT

Jair Bolsonaro e André Fernandes (foto: Twitter)
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Costuma acontecer muito com a família Bolsonaro, essa coisa de que, dias depois de um caso de grande comoção na história recente do país, aparecem detalhes indicando uma possível ligação de algum membro da família com o ocorrido.

Aconteceu novamente neste domingo (23), com a revelação de que o deputado estadual André Fernandes (PSL-CE), almoçou com Jair Bolsonaro em Brasília, justamente na quarta-feira, 19 de fevereiro.

Naquele mesmo dia, em Sobral, o senador Cid Gomes (PDT-CE) discutiu com um grupo de policiais grevistas amotinados em um batalhão da cidade, e terminou recebendo dois tiros no tórax.

Além de deputado estadual, André Fernandes é youtuber e filho de um pastor da Assembleia de Deus. Atualmente, está no PSL, mas já assegurou que deixará o partido para se filiar à Aliança Pelo Brasil, partido que Bolsonaro deve oficializar em breve.

Como já foi dito aqui, esta não é a primeira “grande coincidência” envolvendo a família Bolsonaro. Semanas atrás, a PM da Bahia assassinou o miliciano Adriano da Nóbrega, ligado a esquemas de corrução que envolvem o senador Flávio Bolsonaro. A ação ocorreu dias depois de uma visita de Eduardo Bolsonaro a Salvador.

O outro caso bastante conhecido é o do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), que tem entre os principais suspeitos um vizinho de Jair Bolsonaro e um miliciano que visitou o conjunto residencial onde ele mora no dia do crime da vereadora, e que, para poder passar pela guarida de entrada, pediu autorização ao então deputado.