Depois de isentar Jair Bolsonaro de responsabilidade em relação à situação trágica da pandemia do coronavírus no Brasil, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) voltou a defender o presidente, agora no caso do decreto das armas.
Lira declarou que Bolsonaro não invadiu competência do Legislativo ao editar decretos que facilitam porte e posse de armas de fogo, de acordo com o blog de Andréia Sadi, no G1.
“Ele não invadiu competência, não extrapolou limites já que, na minha visão, modificou decretos já existentes. É prerrogativa do presidente. Pode ter superlativado na questão das duas armas para porte, mas isso pode ser corrigido”, disse Lira, ao blog.
A opinião do bolsonarista contraria a posição do vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM).
Barrado no STF
O vice tem convicção de que a decisão de Bolsonaro será barrada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
“Acho que esta história vai acabar sendo resolvida pelo STF, cada vez mais estamos transferindo as questões legislativas para a Corte”, criticou o vice da Câmara.
Entrevistado pelo blog, Ramos declarou que existe “um uso da questão do CACs (colecionadores, atiradores e caçadores) para dissimular o desejo de armar a população. O povo não precisa de arma, precisa de vacina”, disse.