No debate em SP, Lisete vai pra cima de Doria: "Assinou um compromisso e não cumpriu"

Candidata do PSOL e Marcelo Cândido (PDT) fizeram uma 'dobradinha' ao relembrar que João Doria, apesar de ter prometido por inúmeras vezes e até assinado compromisso público que não o faria, abandonou a prefeitura para se candidatar ao governo: "Interesses pessoais que movem coligações"

Reprodução/Band
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Em nenhum momento João Doria (PSDB) falou sobre o assunto, mas seus oponentes lembraram no debate da Band, na noite desta quinta-feira (16), que o tucano abandonou a prefeitura de São Paulo para se candidatar ao governo do estado, apesar de ter prometido, em inúmeras ocasiões, que não o faria. O primeiro a tocar no assunto foi o atual governador, Márcio França (PSB). "Eu não mudei de ideia, quem mudou de ideia foi você. Por 43 vezes você prometeu para mim que não deixaria a prefeitura de São Paulo", disse França ao ex-prefeito, que se limitou a falar sobre seus programas como prefeito e atacar o PT. Em outro bloco, Lisete Arelaro (PSOL) e Marcelo Cândido (PDT) fizeram uma "dobradinha" para reforçar a falta de palavra de Doria. Cândido perguntou à professora o que ela acha sobre candidatos que usam a prefeitura como "trampolim" político. "Em alguns casos a população deu graças a Deus. O que é surpreendente é ouvir aqui candidatos que são candidatos de si mesmo. Candidatos tem que ter partidos, tem que ter programa. Esse é um momento bastante crítico em que interesses pessoais e privados movem coligações", disse Lisete. Cândido completou: "Usar o estado, a prefeitura, como trampolim, gera uma descontinuidade, inviabiliza sequência de programas. É importante que a população possa escolher um governador para governar o estado de São Paulo, e não o use como trampolim", afirmou. Na tréplica, a candidata do PSOL lembrou que, além de prometer, Doria assinou um compromisso público em que se comprometia a não deixar a prefeitura. "Temos aqui um candidato que abandonou a prefeitura para pleitear outro cargo. Ele assinou um compromisso e não cumpriu. Seria reprovado se fosse matriculado no sistema público de ensino", brincou.