Lobão chama bolsonarismo de doença para criticar presidente da Funarte

Músico se voltou mais uma vez contra o governo que ajudou a eleger

Lobão (Foto: Reprodução)
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Um dos mais fervorosos apoiadores de Jair Bolsonaro ná época da campanha eleitoral, o músico Lobão condena o governo que elegeu desde agosto deste ano, quando afirmou que faria de tudo para derrubá-lo. Dessa vez a indignação do artista veio após o presidente da Funarte, o maestro Dante Montavani, dizer que o rock é satânico e responsável por abortos. "O Bolsonazismo é uma doença que assola o Brasil, uma doença paranoica, um delírio conspiratório. Mas eu acho ótimo, porque quanto mais cafonas eles são, mais mico pagam. Olavo de Carvalho dando conta da agenda de costumes do país, da educação, da cultura, usando todas as armas numa doutrina tirânica e retrógrada. Vi o Brasil em 1967 na passeata contra a guitarra elétrica. Eu que faço rock fico numa situação de fogo cruzado porque a esquerda detesta rock e a direita também", declarou o roqueiro em entrevista ao jornal O Globo nesta segunda-feira (2). “O rock ativa a droga que ativa o sexo que ativa a indústria do aborto. A indústria do aborto por sua vez alimenta uma coisa muito mais pesada que é o satanismo. O próprio John Lennon disse que fez um pacto com o diabo”, disse o novo presidente da Funarte, que é doutor em música pela Universidade de Londrina. Assim como Katiane de Fátima Gouvêa, nomeada na quarta-feira (27) secretária do Audiovisual, Mantovani também faz parte da organização da Cúpula Conservadora das Américas e compõe o núcleo olavista do governo Bolsonaro.