O empresário Luciano Hang, dono da Havan, alvo de mandado de busca e apreensão da Polícia Federal (PF), na manhã desta quarta-feira (27), em investigação sobre fake news, negou que tenha produzido notícias falsas sobre os ministros do STF.
Hang se manifestou em uma live no Facebook. Durante a transmissão, afirmou que suas postagens não são “fake news” e que se tratam de sua visão pessoal. “Temos que poder usar nossa voz, a liberdade de expressão e de pensamento. As pessoas, do outro lado, podem escolher entre uma versão e outra dos fatos. Temos os fatos e várias versões. Sempre tento levar aos brasileiros o meu pensamento, a minha versão dos fatos”, disse.
O empresário disse ainda que seu celular e computador irão provar que “jamais produziu notícias falsas”.
Abertura do inquérito
O inquérito criminal para apurar "notícias fraudulentas", ofensas e ameaças que "atingem a honorabilidade e a segurança do Supremo Tribunal Federal, de seus membros e familiares" foi aberto em março pelo presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, sem um pedido de autoridades policiais ou procuradores e sem a participação do Ministério Público.
Também por conta própria, Toffoli designou Moraes como relator do caso. Não houve sorteio entre os ministros do Tribunal, como é norma regimental no caso dos inquéritos comuns.
Foram alvos da operação, entre outros o empresário Luciano Hang, dono da Havan, o ex-deputado Roberto Jefferson, o deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP), a ativista Sara Winter e o blogueiro Allan dos Santos.
Além disso, ainda estão na mira da PF os deputados federais Bia Kicis (PSL-DF), Carla Zambelli (PSL-SP), Daniel Lúcio da Silveira (PSL-RJ), Filipe Barros (PSL-PR), Junio do Amaral (PSL-MG), Luiz Phillipe Orleans e Bragança (PSL-SP), além dos deputados estaduais Douglas Garcia (PSL-SP) e Gil Diniz (PSL-SP).