Luis Nassif: "Facada de Adélio em Bolsonaro ainda é um mistério à procura de explicação"

Para o jornalista, há duas versões para o atentado: a versão oficial e a conspiratória, sobre um ato planejado visando garantir a vitória eleitoral de Bolsonaro

Bolsonaro no dia da facada - Foto: Reprodução/Twitter
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O jornalista Luís Nassif publicou nesta quarta-feira (1º) um artigo em que analisa o que classifica como "mistério à procura de uma explicação", sobre a facada de Adélio Bispo em Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral em 2018. Para o jornalista, há duas versões para o atentado. "A versão oficial é que um sujeito, desequilibrado óbvio, decidiu matar Bolsonaro e foi mal sucedido. A versão conspiratória é que foi um ato planejado visando garantir a vitória eleitoral de Bolsonaro", escreve. Para Nassif, a facada teve um papel determinante no resultado das eleições e por isso é em episódio que não pode ter sua imensa relevância política desconsiderada. Diante das circunstâncias, para ele, a explicação de que Adélio Bispo seria um desequilibrado que tentou matar Bolsonaro seria insuficiente. Diversos aspectos do episódio da facada e outros posteriormente descobertos pelas investigações revelariam isso, desde o fato de que, para acertar Bolsonaro, a faca teria entrado por uma brecha do colete à prova de balas, até as visitas de Adélio ao Clube de Tiro frequentado por Bolsonaro e também à Câmara Federal. Nassif também considera suspeita a atuação rápida e eficiente dos advogados de defesa de Adélio e o papel da Polícia Federal, que ainda não apresentou conclusões sobre o caso. "Se houvesse vontade política, o caso seria resolvido e a identidade de quem contratou os advogados seria levantada em dois tempos", afirma. Apesar de não tomar conclusões definitivas sobre o caso, Nassif explica porque considera o episódio complexo e ainda sem explicação. "Pode ser que tudo não passe uma teoria da conspiração. Mas a sucessão de fatos sem respostas sugere que há mais segredos entre o céu e a terra do que supõe a vã teoria dos idiotas da objetividade", escreveu. Leia o artigo de Luis Nassif na íntegra