Luiz Marinho: Haddad é o candidato a governador do PT; não há conversa com Márcio França

O presidente do PT em São Paulo comentou também com exclusividade à Fórum sobre a chapa Lula/Alckmin

Luiz Marinho. Foto: Divulgação
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O presidente do PT em São Paulo Luiz Marinho afirmou em conversa com a Fórum, nesta quarta-feira (8), que a candidatura do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad a governador é 100% garantida. Marinho disse ainda que nunca foi colocada a discussão com o PSB de um acordo para apoiar Márcio França (PSB).

“A candidatura do Haddad é 100% garantida. Não existe este debate do PT de São Paulo com o PSB sobre possibilidade nenhuma de abrir mão da candidatura de Haddad, nunca foi colocado”, disse. “Teve discussões que eu vi pela imprensa, o Márcio França falando dele ser candidato a governador com o apoio do PT. Isso não existe, nunca aconteceu. O PT terá candidato no estado de São Paulo, independentemente se o PSB tiver ou não”.

Para Marinho, mesmo que vingue a federação dos partidos, “se tiver que fazer um acordo em torno de alguma candidatura, a candidatura do PT em São Paulo chama-se Fernando Haddad. Essa é a nossa condição no estado”.

Gleisi nunca pediu

De acordo com ele, a presidente nacional do PT Gleisi Hoffmann nunca pediu pra refletir sobre a possibilidade de não ter candidato próprio em São Paulo. “Isso não está colocado pra nós de maneira alguma. O Haddad não só está convencido da sua candidatura como está confiante que tem todas as possibilidades de ganhar as eleições. O panorama hoje é entre Alckmin e Haddad. Se você tira o Alckmin das pesquisas o Haddad lidera”, ressaltou.

O presidente do PT em São Paulo falou ainda sobre a possibilidade de acordos em outros estados, como Marcelo Freixo, no Rio de Janeiro, Renato Casagrande, no Espírito Santo, Beto Albuquerque, no Rio Grande do Sul e Jenilson Leite, no Acre, além de aguardar a definição em Pernambuco. “Em São Paulo, no entanto, não há a mínima chance de não termos candidato”, repetiu.

Chapa Lula/Alckmin

Já com relação à chapa Lula/Alckmin, Marinho deixou claro que é contra. “É evidente que nós estamos construindo um debate nacional e é evidente que quem vai definir o candidato a vice é o Lula”, disse. “Ele, em algum momento, vai apontar tais possibilidades e vai dizer: ‘eu desejo essa’. A nossa tendência é apoiar o que o Lula apresentar”. Marinho, no entanto, entende que o partido deve fazer ponderações. “O Alckmin governou o estado por 14 anos e isso tem que ser olhado. Todas as críticas que nós temos no estado de São Paulo têm a cara do Alckmin. Tem muito debate no PT pra acontecer pra chegar a esse ponto. Tem muita gente no PT que é contra uma aliança dessa natureza”.

Ele, porém, deixou claro que é preciso olhar o Brasil. “Pra derrotar o neofascismo, a gente engole o que tiver que engolir. Pessoalmente, gostaria de estudar outras alternativas. É um debate que está em aberto”, afirmou. Marinho lembrou ainda que “Alckmin continua no PSDB e, enquanto está lá, não tem conversa. Precisamos saber qual o rumo ele toma pra sair o PSDB. A partir disso, é abrir o debate com o partido pra saber se tem ou se não tem possibilidade. No momento não existe. O que existe é especulação por enquanto. Tem muita água pra passar debaixo dessa ponte”, encerrou.

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