Lula chama Bolsonaro de ignorante e diz para ele parar de falar só para "seus milicianos"

"Eu espero que Bolsonaro esteja assistindo o nosso programa", disse o ex-presidente antes de fazer nova campanha pela vacina e auxílio emergencial de R$ 600

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Em entrevista ao jornalista Reinaldo Azevedo, nesta quinta-feira (1º), o ex-presidente Lula subiu o tom contra o presidente Jair Bolsonaro em relação à gestão dele durante a pandemia do coronavírus. O petista pediu para o mandatário "deixar de ser ignorante" e fez campanha pelo retorno do auxílio emergencial no valor de R$ 600.

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"Eu espero que Bolsonaro esteja assistindo o nosso programa, para Bolsonaro saber que não tem jeito esse país se não tiver um salário emergencial de R$ 600 até terminar essa pandemia, e que essa pandemia só vai terminar quando tiver vacina para todo mundo", afirmou o ex-presidente.

Em seguida, ele mandou um recado direto a Bolsonaro: "Deixe de ser ignorante, presidente. Pare de brigar com a ciência, pare de tentar falar com os seus milicianos. Fale para 210 milhões de pessoas".

"O tal de mercado"

Ao ser questionado por Reinaldo Azevedo sobre preocupações do mercado em relação a um novo governo petista, caso Lula concorra e vença as próximas eleições presidenciais, Lula respondeu com ironia: "Reinaldo, faz um favor pra mim, tenta provocar um debate entre eu e o tal do mercado. Eu quero saber quem é esse tal de mercado que dá tanto palpite".

"Esse mercado está preocupado com as pessoas que estão dormindo nas ruas de São Paulo?", questionou o ex-presidente. Reinaldo então provocou Lula afirmando que seus governos não teriam sido "avessos ao mercado".

"Eu vou governar para todos, e tem que compreender que, dentre esses todos, o povo pobre vai subir um degrau da escala social. É por isso que, em 2012, a ONU anunciou o fim da fome no Brasil [...] Se esse mercado tivesse juízo, ele ia na Aparecida do Norte pagar promessa pra 'mim' voltar. Esse país nunca esteve tão bem", afirmou Lula.