“Lula deveria dirigir seus rompantes aos parceiros de direita que o traíram”, diz Erundina

Depois da entrevista, o partido de Erundina publicou nas redes sociais uma lista de "13 frescuras do PSOL" e listou, entre elas, "não aceitar propina da Odebrecht" e "não compor com o PMDB". Veja aqui.

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
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Depois da entrevista, o partido de Erundina publicou nas redes sociais uma lista de "13 frescuras do PSOL" e listou, entre elas, "não aceitar propina da Odebrecht" e "não compor com o PMDB". Veja aqui. Da Redação* Ex-prefeita de São Paulo pelo PT, a deputada Luiza Erundina (PSOL), enviou nota à Folha onde diz que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não deveria dirigir seus "rompantes" à esquerda, mas aos "parceiros da direita com quem ele governou e que, no final, o traíram". A crítica de Erundina é uma resposta à entrevista de Lula concedida na quinta-feira (20) aos jornalistas Juca Kfouri, José Trajano e Antero Greco. Nela, o ex-presidente afirmou que "metade da frescura [do PSOL] vai acabar" quando eles "governarem a cidade do Rio de Janeiro". "Eles vão perceber que não dá para a gente nadar teoricamente. Entra na água e vai nadar, porra", disse Lula, acrescentando que os integrantes do PSOL "se acham". Em resposta, Erundina questiona se Lula "esqueceu a experiência do governo do PT na Prefeitura de São Paulo, ou, quem sabe, nunca reconheceu aquele governo como sendo do seu partido". "Ali, 'entramos na água e nadamos', preservando os compromissos históricos do PT. Governamos a cidade com minoria na Câmara Municipal, isso porque para conseguirmos maioria teríamos que transigir eticamente, o que não é aceitável até mesmo em nome da governabilidade", criticou a deputada. "Isso não é 'frescura', mas, sim, coerência e fidelidade aos compromissos da esquerda." Depois da entrevista, o partido de Erundina publicou nas redes sociais uma lista de "13 frescuras do PSOL" e listou, entre elas, "não aceitar propina da Odebrecht" e "não compor com o PMDB". Erundina governou São Paulo entre 1989 e 1992. Em 1997, ela deixa o PT e se filia ao PSB, partido que se desfiliou em 2016 para entrar no PSOL. *Com informações da Folha Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil