Lula diz que, como chefe de Estado, reconhece direito da mulher ao aborto

Ex-presidente afirmou se tratar de uma questão de saúde pública, apesar de pessoalmente ser contra

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou durante entrevista para o rapper Mano Brown, no podcast Mano a Mano que pessoalmente é contra o aborto, mas enquanto chefe de Estado tem que reconhecer que é “um direito da mulher” e uma questão de “saúde pública”. Para ele, todas as mulheres devem ter a chance de receber tratamento digno.

“Não tenho vergonha de dizer que eu, Lula, pai de cinco filhos, sou contra o aborto. Mas, enquanto chefe de Estado, tenho que tratar o assunto como saúde pública. Eu acho que o aborto é um direito da mulher. Não preciso ser favorável, mas tenho que cuidar para que todos sejam tratados dignamente pela saúde pública”, disse o ex-presidente.

Lula disse ainda que é católico, mas que, como chefe de Estado, precisa levar em consideração todas as religiões. “Você não tem que ter preferência enquanto chefe de Estado. É como o aborto”, completou.

O episódio do podcast foi pras redes na quinta-feira (9). Além de falar sobre o assunto, Lula também comparou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a ditadores.

Segundo ele, o atual mandatário da República não deve ser considerado um político de direita, pois “está mais para Hitler e Mussolini”.

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