O ex-presidente Lula divulgou uma nota nesta quarta-feira (15) sobre as fake news divulgadas pelos filhos e apoiadores de Jair Bolsonaro envolvendo Marisa Letícia, ex-primeira-dama, que morreu em 2017.
Em função de um erro de preenchimento, o valor do inventário da ex-primeira dama foi multiplicado por cem. O engano acabou atribuindo à sua conta uma aplicação de 2.566.468 unidades de CDB (Certificado de Depósito Bancário), com valor de R$ 100 cada, o que daria, no final: R$ 256.646.800,00.
"O valor real é 1000 inferior ao divulgado pelos parlamentares Carlos e Eduardo Bolsonaro e pela secretária de Cultura Regina Duarte, que divulgaram a fake news da estimativa equivocada nas suas redes sociais para caluniar uma pessoa falecida com fins políticos", diz nota do ex-presidente.
Para comprovar o valor, o ex-presidente publicou o extrato dos investimentos de Dona Marisa.
A questão já foi explicada na Justiça. Mesmo assim, os filhos do presidente Jair Bolsonaro e aliados estão usando a informação para atacar a memória da ex-primeira-dama.
Os advogados de Marisa responderam ao juiz da 1º Comarca de Família e Sucessões de São Bernardo do Campo - que fez o questionamento do valor que foi vazado por bolsonaristas - o seguinte:
“Não existe qualquer tipo de relação entre os documentos constantes às fls. 394/427 e 428/468 (escrituras de emissão de debêntures) com os CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) de titularidade da Sra. Marisa Letícia Lula da Silva, tampouco existe relação entre tais CDBs e o valor nominal de R$ 100,00. Em razão da aplicação automática de valores que estavam disponíveis na conta-corrente que pertencia à D. Marisa e que já haviam sido trazidos a estes autos, foi identifica a existência de CDBs em nome da falecida, os quais, segundo extrato atualizado do Banco Bradesco, correspondem à quantia (líquida) de R$ 26.281,74 (vinte e cinco mil, duzentos e oitenta e um reais e setenta e quatro centos)".