Em seu primeiro pronunciamento após recuperar seus direitos políticos, Lula sinalizou o lançamento de sua pré-candidatura para a Presidência da República em 2022 e foi para cima de Jair Bolsonaro (Sem partido), prestando homenagem às vítimas e familiares dos mais de 270 mil mortos pelo coronavírus e dizendo que a questão da vacina não diz respeito a dinheiro.
"Questão da vacina não é se tem ou não tem dinheiro. É uma questão de se amo a vida ou se amo a morte", afirmou Lula, após prestar a homenagem, dizendo que a dor que sente pela injustiça é menor do que a que a sociedade brasileira sofre hoje.
"Esta dor da sociedade brasileira me faz dizer para vocês: a dor que eu sinto não é nada diante da dor que sofre quase 270 mil pessoas que viram seus entes queridos morrer. Seus pais suas avós, suas mães, e sequer puderem se despedir dessa gente. Quero prestar minha homenagem às vítimas e familiares das vítimas do Coronavírus", disse Lula.
O ex-presidente ainda estendeu suas homenagens aos profissionais que atuam na linha de frente do combate à Covid-19. "Aos profissioanis de saúde, aos heróis e heroínas do SUS, que foram descredenciados. E quando veio o coronavírus, se não fosse o SUS teria morrido muito mais gente que já morreu".
Armas e fake news
Confrontando diretamente Bolsonaro, Lula ainda falou que um presidente "não é eleito para falar bobagem no fake news" e nem "incentivar a compra de armas, como se nós estivéssemos precisando de armas".
Lula ainda falou diretamente das milícias, que teriam ligação com a família Bolsonaro.
"Quem está precisando de armas são as forças armadas. Quem tá precisando de armas é a polícia. Não é a sociedade brasileira. Não é fazendeiro que tá precisando de terra para matar sem terra. Não são milicianos que estão precisando de armas para fazer terrorismo, para matar meninos e meninas, sobretudo negros, que são a maior vítima das armas e das balas perdidas desse país", disse Lula, ressaltando que "estamos vivendo um momento delicado".