Lupi, presidente do PDT, diz que é "pouquíssimo provável" aliança com PT em 2022

Além de Lupi, dirigentes do PT também se manifestaram colocando em dúvida uma união em 22

Foto: André Duarte/ Gedeon
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O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, descartou nesta sexta-feira (31) que o encontrou entre o ex-presidente Lula e o ex-ministro Ciro Gomes tenha selado um acordo entre PT e PDT com vistas às eleições de 2022. A dupla, que estava brigada, se reconciliou em reunião realizada em setembro.

"Acho pouquíssimo provável [uma aliança], porque o PT não vai aceitar ser vice da gente e nós, do PDT, não vamos abrir mão da candidatura própria. Vai ser o Ciro, isso não tem volta. O PT tem uma linha comportamental que não aceita apoiar ninguém, até hoje é assim", disse o dirigente pedetista em entrevista à colunista Bela Megale, do O Globo.

A declaração acontece após a revelação do O Globo de que Ciro e Lula se reuniram em setembro e selaram a paz. Conforme detalhou o editor da Fórum, Renato Rovai, no Blog do Rovai, Lula e Ciro tiveram uma reunião onde lavaram a roupa suja acumulada desde a eleição de 2018. O encontro teve boa recepção nas redes sociais.

A posição de Lupi é parecida com a de dirigentes petistas. A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, cobrou um pedido de desculpas de Ciro e o senador Jaques Wagner (PT-BA) apontou que Ciro se coloca como um candidato de centro-direita para 2022.

"É público o movimento que ele está fazendo para ser candidato de centro, centro-direita [em 2022], na aproximação com o DEM. Na estratégia dele, se o PT lança candidato próprio, o eleitorado de centro, centro-esquerda [tende a votar no petista], então ele tem que procurar outro nicho", afirmou Wagner à Revista Piauí. Em 2018, o senador foi um dos entusiastas de uma chama do PT com o pedetista.