Maia contraria Bolsonaro e reafirma que auxílio emergencial foi criado pelo Congresso

O benefício de R$ 600 ganhou mais dois meses de vigência após pressão do Parlamento

Foto: Agência Brasil
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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou a afirmar nesta terça-feira (30) que o auxílio emergencial de R$ 600 é um conquista garantida pelo Congresso Nacional. O presidente Jair Bolsonaro tem tentado colocar seu governo como o "pai" do benefício, apesar de ter defendido inicialmente um valor três vezes menor.

"Neste momento de crise, numa pandemia nunca vivenciada pela nossa população, o Congresso Nacional, dialogando com o governo, criou um auxílio emergencial que atende mais de 60 milhões de brasileiros", declarou o parlamentar pelo Twitter.

Maia deu a declaração após participar de cerimônia de expansão do auxílio realizada no Palácio do Planalto. Por pressão do presidente da Câmara e de partidos de oposição, o benefício ganhou mais dois meses de vigência no valor integral. Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, queriam uma redução gradual do valor.

"Garantimos por mais 2 meses o pagamento do auxílio emergencial. A prorrogação demonstra compreensão do que significa o processo de investimento na área social para reduzir desigualdades no Brasil. E, mais uma vez, um projeto que nasceu no Parlamento foi ratificado pelo governo", escreveu ainda Maia.

O auxílio de R$ 600 foi aprovado no Congresso Nacional após uma disputa entre governo e oposição. Enquanto o presidente e Guedes queriam implementar um "voucher" de R$ 200, a oposição reivindicava uma renda básica emergencial de um salário mínimo.

Após pressão de Maia, o auxílio ficou em R$ 600, com possibilidade de duplicação em caso de famílias de mães solteiras. Mesmo assim, o governo tem feito propaganda como se o benefício fosse uma iniciativa exclusiva do Planalto.

https://twitter.com/RodrigoMaia/status/1278091140407926787
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