Maia desenha nariz de Pinóquio em Moro: "Não engana ninguém"

Ex-presidente da Câmara compartilhou uma entrevista em que o ex-juiz parcial dizia que havia entrado no governo para "evitar as maluquices" de Bolsonaro: "Foi com a promessa de uma vaga no STF"

Moro e Maia - Foto: Ministério da Justiça/Divulgação
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Ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (PSD-RJ) deu uma "zoada" no candidato à Presidência pelo Podemos, Sergio Moro. Para dizer que ele "não engana ninguém", o parlamentar desenhou um nariz de Pinóquio em uma foto do ex-juiz.

Maia compartilhou uma entrevista em que Moro dizia que havia entrado no governo Bolsonaro para "evitar as maluquices" do presidente. "Foi para o governo Bolsonaro com a promessa de uma vaga no STF. Não engana ninguém. Um nariz de Pinóquio para ele", escreveu o ex-presidente da Câmara.

https://twitter.com/RodrigoMaia/status/1481043557033164802?s=20

Bolsonaro chama Moro de "petulante"

A hipótese de Maia, de fato, faz mais sentido. Nesta segunda-feira (10), o próprio Bolsonaro afirmou que o ex-juiz parcial pediu para ser indicado a uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal) enquanto ainda estava no governo.

“Na véspera, quando ele esteve comigo no dia que ele pediu demissão, ele [disse] que aceitava mandar embora o diretor-geral [da PF] só em setembro, quando eu o indicasse ao Supremo. Que petulância”, disse Bolsonaro em entrevista ao canal Jovem Pan.

Segundo o presidente, Moro concordou com a substituição do então diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, pelo diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, desde que fosse feita depois de sua indicação a uma vaga no Supremo.

Com um discurso mirando 2022, Moro afirmou em entrevista para a rádio Metrópole que entrou no governo para evitar as "maluquices" e que não foi pelo cargo, mas sim "pelo projeto".

" Quando entrei, ouvi pessoas dizendo: 'que bom que você entrou. vai dar equilíbrio'. Nunca imaginei que isso seria política pública. Não entrei no governo pelo poder. Se tivesse entrado pelo poder, estaria lá até hoje. Fui por um projeto de combate à corrupção. E isso Bolsonaro não seguiu", disse.