Ao abrir a sessão da Câmara dos Deputados na tarde desta quarta-feira (20), o presidente da casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deu uma declaração criticando o ministro da Educação, Abraham Weintraub.
Maia comentava sobre os requerimentos de urgência que seriam votados durante a sessão e afirmou que vai colocar em votação uma solicitação feita por parlamentares do PT, PCdoB, PDT e PP de que o projeto aprovado no Senado na terça-feira seja logo avaliado na Câmara.
"Eu tinha combinado de votar duas urgências. Uma não tem acordo com o governo e a outra é a do Enem, que o presidente ficou de sinalizar ou não pelo adiamento", afirmou. "Não, mas [foi] o ministro. O ministro não, desculpa... Não posso acreditar nesse ministro. Passa a ser a ordem do dia", completou após ser interrompido por algum parlamentar.
Nesta quarta, o MEC anunciou que as datas do Enem "serão adiadas de 30 a 60 dias em relação ao que foi previsto nos editais". O projeto do Senado determina o adiamento do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) até o fim do ano letivo das escolas públicas e privadas no país.
Adia Enem
O movimento Adia Enem foi lançado pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e pela União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES) e mobilizou artistas, influenciadores digitais, parlamentares e lideranças do movimento social. Segundo eles, a manutenção do exame na data prevista aumenta as desigualdades no ensino superior em razão da suspensão de aulas em escolas públicas e da implementação de ensino remoto em diversas instituições privadas.
Cerca de 300 mil assinaturas foram colhidas em abaixo assinado promovido pela entidade após campanha realizada na última sexta-feira que fez a tag #AdiaEnem bombar nas redes.
Assista: