Maioria dos deputados contraria Bolsonaro e apoia passaporte de vacinação

A partir da próxima segunda-feira (25), trabalhos na Câmara voltarão a ser presenciais e, para entrar no prédio, será necessário apresentar comprovante de imunização contra a Covid-19

Cléia Viana/Câmara dos Deputados
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A partir da próxima segunda-feira (25), os trabalhos na Câmara dos Deputados voltarão a ser presenciais e, para entrar no prédio, será necessário apresentar carteira de vacinação que comprove imunização contra a Covid-19.

Apesar da revolta de parlamentares bolsonaristas, que seguem o presidente Jair Bolsonaro no discurso antivacina, levantamento feito pelo Metrópoles mostra que a adesão é alta a essa ideia.

Dos deputados que responderam - todos foram procurados, mas 249 (48,5%) deram retorno - 161 (64,6%) se mostraram favoráveis ao passaporte e 50 (20%) se disseram contrários. Outros 29 (11,6%) declararam que ainda não se decidiram sobre o tema.

O Metrópoles também consultou todos os deputados sobre a imunização contra a Covid-19. Dos 304 que responderam à reportagem, só 6 disseram não ter se vacinado.

Todos são apoiadores de Bolsonaro, cinco do PSL, partido pelo qual ele se elegeu, e um do Podemos, o deputado Diego Garcia, do Paraná.

O uso de máscaras em todas as dependências da Câmara é obrigatório, segundo norma estabelecida na Portaria 107/20, de 30 de abril do ano passado.

A Casa adotou o trabalho “home office” em março do ano passado, no início da pandemia. Em fevereiro deste ano foi adotado o regime misto – isto é, presencial e remoto.