Mais um ciclista morre em São Paulo. Número já é 55% maior que o ano passado

Segundo especialista, o crescimento reflete a adoção de políticas que privilegiam outras formas de transporte que não o motorizado. Neste mês, Doria alterou a Lei de Criação do Sistema Cicloviário e determinou que novas estruturas só seriam feitas após estudos de demanda e audiências públicas

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Segundo especialista, o crescimento reflete a adoção de políticas que privilegiam outras formas de transporte que não o motorizado. Neste mês, Doria alterou a Lei de Criação do Sistema Cicloviário e determinou que novas estruturas só seriam feitas após estudos de demanda e audiências públicas Da Redação* Mais um ciclista morreu, na noite desta segunda (27), no Morumbi, na Zona Sul de São Paulo, após o motorista de um ônibus fazer uma conversão proibida, segundo o relato de testemunhas. Christian Alan da Silva Maciel, de 28 anos, foi atropelado na avenida Giovanni Gronchi no cruzamento com a Avenida Doutor Guilherme Dumont Villares, quando voltava do trabalho para casa. O número de ciclistas mortos na cidade de São Paulo cresceu 55% entre janeiro e outubro deste ano em comparação com o mesmo período de 2016. Foram 31 mortes, ante 20 no ano passado, segundo dados do Infosiga, iniciativa do governo de São Paulo que monitora e estuda as mortes no trânsito. Já em setembro deste ano, a marca de 25 mortes computadas em todo o ano de 2016 foi superada. As mortes aconteceram em todas as regiões da cidade, com destaque para a Zona Sul, onde foram registrados 9 dos 20 casos. Uma delas foi a morte de um homem de cerca de 50 anos, atropelado por um ônibus no bairro do Sacomã, em setembro. Segundo Aline Cavalcante, diretora do Ciclocidade, o crescimento reflete a adoção de políticas que, segundo ela não privilegiam outras formas de transporte que não o motorizado. Ela cita o aumento do limite de velocidade nas marginais e a descontinuidade no programa de expansão de ciclovias. Neste mês, a gestão João Doria alterou a Lei de Criação do Sistema Cicloviário e determinou que novas estruturas só seriam feitas após estudos de demanda e audiências públicas. *Com informações do G1 Foto: Reprodução TV Globo