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Ele ainda atacou à Procuradoria Geral da República (PGR) e pediu fim da "hipocrisia" a respeito dos recursos que todos os parlamentares recebem de empresas como doação de campanha.
Da Redação*
O deputado Paulo Maluf (PP-SP) foi o primeiro a falar na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ), que analisa parecer do relator Sergio Zveiter (PMDB-RJ) favorável à aceitação da denúncia por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer na última segunda-feira. Maluf fez um breve relato sobre a vida pública de Temer, a quem chamou de "homem probo" e verdadeiro "patriota".
- Homem correto, decente e honesto - disse.
Ele atacou à Procuradoria Geral da República (PGR) e pediu fim da "hipocrisia" a respeito dos recursos que todos os parlamentares recebem de empresas como doação de campanha.
Durante seu discurso, admitiu que vota convictamente pela rejeição da peça acusatória, e que conhece Temer. Segundo ele, Temer arrecadou para campanha do partido por obrigação, mas certamente não embolsou nenhum centavo.
- O presidente Michel Temer é vítima de um complô, os criminosos são os que assaltaram a nação. Conheço a vida de Michel Temer, voto com convicção, essa denúncia é uma denúncia vazia. Posso garantir que ele não adicionou um centavo da sua vida pública, ele é um homem probo - afirmou Maluf.
Antes de entrar no assunto da denúncia, Maluf fez um breve relato sobre sua biografia e disse que se considera um dos "artífices da democracia". O deputado, que consta da lista de procurados da Interpol, também criticou o acordo de delação premiada fechado pelo dono da JBS, Joesley Batista, usada como base para a denúncia de autoria do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
- Como alguém pode fazer um acordo para pagar menos da metade em 25 anos. Alguém teve a curiosidade de perguntar os juros? Generosidade como esta não existe em banco nenhum do mundo. O preço que foi cobrado foi um gravador - reclamou o deputado.
Na sessão de hoje da CCJ deputados contra e a favor da denúncia vão se revezar em falas que podem durar até 15 minutos cada.
Em seguida foi a vez do deputado Wadih Damous (PT), que chegou pouco depois das 7h de hoje para se inscrever para discursar.
Após um acordo feito com representantes de todos os partidos, o presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), definiu que todos os 66 membros e os 66 suplentes da comissão poderão falar por 15 minutos. Outros 40 deputados que não fazem parte da CCJ também poderão se inscrever para falar por 10 minutos. O governo deve apresentar um requerimento para encerrar a discussão, mas a oposição vai protestar.
*Com informações do Globo
Foto: Leonardo Prado/ Câmara dos Deputados