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Em entrevista a jornalista Sofía Solari, no jornal argentino Página 12, Manuela D'Ávilla (PCdoB), deputada estadual pelo Rio Gande do Sul que compôs a chapa como vice de Fernando Haddad na disputa presidencial, prevê anos "muito mais cruéis e privatizantes do que vivemos durante o governo FHC" e afirmou que o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) não pode ser acusado de "mentir" porque nunca teve propostas claras.
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"Se pode dizer tudo de Bolsonaro, menos que ele mentiu, porque quando nunca falou. Ninguém sabe o que ele vai fazer porque não tem uma proposta, não disse nada, não participou de debates. E, quando participou, antes do atentado que sofreu, dizia que não tinha planos, que não entendia de economia porque não é economista e que não sabia dizer o que faria com a saúde. Bolsonaro é um tuíte, não fala mais que 140 caracteres", disse Manuela, que participou em Buenos Aires do Fórum de Pensamento Crítico, da Clacso.
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Segundo Manuela, as mulheres terão de assumir o papel do estado diante das políticas neoliberais propostas pelo governo Bolsonaro, em especial pelo economista Paulo Guedes.
"Porque se é dito que o Estado tem que ser menor, alguém tem que assumir o papel do Estado e esse alguém não são os homens em uma sociedade machista, são as mulheres. Então, se teremos menos dinheiro para a educação, se não temos bolsas de estudos para as crianças, e temos um presidente - como nós temos no Brasil - que diz que vai acabar com a educação presencial e privilegiar a educação à distância, quem vai ficar com as crianças? As mulheres", afirmou.
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