Marcelo Bretas, da Lava Jato, será homenageado por deputada que emprega ex-assessoras de Flávio Bolsonaro

Considerada "sucessora" de Flávio Bolsonaro na Alerj, a deputada Alana Passos emprega em seu gabinete duas ex-assessores do atual senador que tiveram o sigilo quebrado na investigação sobre o esquema de "rachadinha" comandado por Queiroz

Alana com a família Bolsonaro e Marcelo Bretas (Montagem)
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Responsável por julgar os casos da Lava Jato no Rio de Janeiro, o juiz Marcelo Bretas nunca escondeu a simpatia pela família Bolsonaro - tanto que chegou a ir à posse de Jair Bolsonaro de carona no avião do governador, Wilson Witzel (PSC). Na próxima quinta-feira (14), Bretas estará na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) para receber diploma e a Medalha Tiradentes. A homenagem ao magistrado foi proposta pela deputada estadual Alana Passos (PSL). No Twitter, Bretas compartilhou o convite e afirmou que "os amigos serão bem vindos à solenidade na ALERJ. Até lá!". Única candidata do PSL no estado que contou com pedido de votos de Jair Bolsonaro, ao ser eleita empregou em seu gabinete duas ex-assessoras do atual senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) que tiveram seus sigilos quebrados no caso que investiga o suposto esquema de rachadinha que seria comandado por Fabrício Queiroz. Amanda Prado Simoni e Graziella Jorge Robles de Faria, que trabalhava com Flávio, receberam em setembro, respectivamente, R$ 7.534,51 e R$ 4.970,34 líquidos, como funcionárias do gabinete de Alana. "Sucessora" do filho de Jair Bolsonaro, que preside o PSL no Rio de Janeiro, Flávio deu a Alana o cargo de secretária-geral da sigla no estado. No cargo a seis meses, ela se notabiliza pela defesa do presidente, incluindo nos ataques ao ex-aliado Witzel, e herdou de Flávio a missão de conceder honrarias a militares e magistrados que apoiam o clã Bolsonaro.