Marcos Cesar Danhoni Neves: Dos insetos da Justiça brasileira

Detonar a decisão da ONU é nos fazer igualar à África do Sul sob a vigência do apartheid, quando este país desprezava as censuras do Comitê de Direitos Humanos da ONU

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Por Marcos Cesar Danhoni Neves*

Há algum tempo escrevi sobre alguns dos personagens deploráveis da 13ª Vara de Justiça, mais conhecida pelo fantasioso e ignóbil nome de “República de Curitiba” (quando o certo seria “Republiqueta de Curitiba”...). Fiz uma comparação dessa nau de descerebrados àquela retratada por Voltaire em seu magnífico conto “Micrômegas”, quando o gigante de Sírius e o Anão de Saturno, encontram um navio em alto-mar cheio de pseudo-intelectuais fortemente arrogantes, mas a quem, os gigantes consideravam apenas insetos.

Também fiz algumas análises das relações intestinas entre os insetos da 13ª Vara com aqueles do TRF4, mostrando cabalmente que atropelaram a noção crucial de “conflito de interesses”, e agiram como uma camarilha, uma verdadeira Camorra, mafiosamente maquinando a condenação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Mais que isso, fiz um raio-X dos currículos medíocres, principalmente de Moro, Gebran e Paulsen, mostrando dados errôneos, fantasiosos, superlativos e que faltam com a verdade.

Pois bem, não bastasse isso, li ontem um artigo sobre um outro inseto chamado Gotardo Gerum que afirma sobre o posicionamento pétreo da ONU com respeito ao “lawfare” da Justiça brasileira: “Precipitada, a solicitação do Comitê de Direitos Humanos da ONU se torna inexequível”. Diante de tal despropósito e olhando a foto do personagem (foto 1), que seria classificado como um “inseto” por Voltaire, resolvi consultar na plataforma pública Lattes (www.lattes.cnpq.br) do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento e Pesquisa) o currículo deste sombrio personagem. Lá, encontrei um currículo impossível, no sentido de não conter absolutamente nada (foto 2).

(http://lattes.cnpq.br/5799578884521291 – atualizado em 20/01/2018)

A análise da vida intelectual deste povo do MP e da Justiça brasileira em geral mostra coisas horríveis: nenhuma produção acadêmica-intelectual (Gerum, Dallagnol, Thompson Flores), plagiarismos (caso do Alexandre Moraes), coleguismos (Moro, Paulsen, Gebran), raríssima produção ou eivada de casos duvidosos (publicação de um mesmo trabalho em mais de uma revista, autocitações, livros e mais livros numa mesma editora – Moro e Paulsen), incompetência (todos) etc.

Quando Gerum reduz a decisão do Comitê de Direitos Humanos da ONU a uma espécie de declaração exarada por um “Comitezinho” como salienta a conhecida jornalista tucana Eliane Catanhêde, podemos imaginar não somente a ignorância intelectual e os esnobismos de juridiqueses inúteis, mas a vilania e o mau-caratismo de tentar usar a Justiça para definir uma eleição que cabe ao povo brasileiro e não a um Poder corrompido como é o Judiciário hoje no Brasil.

Detonar a decisão da ONU é nos fazer igualar à África do Sul sob a vigência do apartheid, quando este país desprezava as censuras do Comitê de Direitos Humanos da ONU; é nos igualar aos genocidas talibãs; àqueles que mataram nosso saudoso diplomata Sergio Vieira de Mello, morto num tenebroso atentado à sede da ONU em Bagdá; ou ao governo indonésio que massacrava a população e o regime político democrático nascente no Timor Leste!

Moro, Dallagnol, Laus, Paulsen, Gebran, Thompson Flores, Dodge, Lima, Fuchs, Barroso, Moraes et catrefa não passam de golpistas que hoje perpetrariam os mesmos crimes que destruíram o poder decisório e de arbitragem da ONU.

Nunca me esqueço, pois vivia na Itália durante o período de desintegração da ex-Yugolsávia, quando os capacetes azuis da ONU tiveram que recuar mediante um acordo que não foi cumprido por bósnios, e foi perpetrado o massacre de Srebrenica, assassinando diante de vales comuns quase nove mil inocentes sob as ordens dos generais Mladic e Karadzisky (julgados culpados pelo Tribunal Internacional de Haia). O mesmo fato, quando há décadas antes foi perpetrado o massacre de Sabra e Chatilla no Líbano, com o Exército criminoso de Ariel Sharon exterminando com bombas de gás e fuzilamentos sumários cerca de quatro mil civis!

É este o estado de carnificina jurídica que defendem estes juízes, promotores e procuradores que deveriam zelar pela Lei! Escolheram o arbítrio, o golpe e o fascismo como seus currículos! Pois que vivam com eles!

Delenda Fascismo!!!!

 *Marcos Cesar Danhoni Neves é professor titular da Universidade Estadual de Maringá e autor de “Do Infinito, Do Mínimo e da Inquisição em Giordano Bruno”, entre outras obras.