A ex-ministra Marta Suplicy anunciou nesta quinta-feira (2) em suas redes sociais que se filiou ao Solidariedade, do deputado federal Paulinho da Força. A ex-prefeita busca participar da corrida eleitoral pela Prefeitura de São Paulo nas próximas eleições e estava sem legenda desde que saiu do MDB.
"Filiei-me ao Solidariedade com a perspectiva de continuar lutando pela construção de uma Frente Ampla para disputar as eleições de 2020 que poderá governar a cidade de São Paulo com força política, competência e compromisso social. Nesta arquitetura de Unidade Democrática posso exercer qualquer papel. Pretensão pessoal não é o que me move neste momento", declarou Marta.
A ex-prefeita aponta que é "inexorável" a "unidade das forças liberais, de centro, progressistas, todas democráticas" contra o bolsonarismo nas próximas eleições.
"A hora é de olharmos para São Paulo com faróis altos colocando como prioridade a superação da gravíssima crise hoje vivida e a diminuição do grande fosso de desigualdades. A união é necessária para termos capacidade e condições de formularmos as respostas para a construção de programas sociais abrangentes e políticas públicas emergenciais", disse ainda.
Marta tem sido vista como uma figura importante no cenário eleitoral paulistano. Ela já foi cogitada como candidata à prefeita ou vice-prefeita por diversos partidos do campo progressista e do centro. A Rede chegou a convidá-la.
Leia a nota na íntegra:
Frente Ampla e Solidariedade
Filiei-me ao Solidariedade com a perspectiva de continuar lutando pela construção de uma Frente Ampla para disputar as eleições de 2020 que poderá governar a cidade de São Paulo com força política, competência e compromisso social.
Nesta arquitetura de Unidade Democrática posso exercer qualquer papel. Pretensão pessoal não é o que me move neste momento.
A situação gravíssima que vivemos requer ousadia, fé, coragem e muita Solidariedade.
A unidade das forças liberais, de centro, progressistas, todas democráticas, coloca-se como inexorável.
Os graves riscos de ordem institucional, econômica, os equívocos e irresponsabilidades de vários governantes, colocam a necessidade da união de todos que, com espírito público, tenham sensibilidade em reconhecer as enormes desigualdades sociais e a necessidade de ações concretas, diretas e urgentes para a diminuição do sofrimento da população.
A perspectiva de focar o futuro da cidade com grandeza e desprendimento impõem-nos o desafio de não incentivarmos ações de isolamento desta ou daquela força politica do mesmo campo democrático. Esse não é um bom caminho. Não faz sentido a promoção de nenhum tipo de sectarismo em detrimento das enormes necessidades da cidade e da população.
Fora de hora e equivocados estão os que insistem, também de forma irresponsável, no debate de disputas internas partidárias voltadas para o próprio umbigo. Não há mais cabimento em apontar a lua mas não conseguir enxergar além do que o próprio dedo.
A lógica da solução eleitoral através de disputas apequenadas devem ser superadas, pois acabam prevalecendo sobre os interesses maiores da cidade e do país.
A hora é de olharmos para São Paulo com faróis altos colocando como prioridade a superação da gravíssima crise hoje vivida e a diminuição do grande fosso de desigualdades.
A união é necessária para termos capacidade e condições de formularmos as respostas para a construção de programas sociais abrangentes e políticas públicas emergenciais.
Está colocado o desafio de abandonar o oportunismo eleitoral e nos centrarmos no que nos une. Colocarmos de lado as divergências acessórias para aprofundarmos projetos urgentes de prevenção sanitária, saneamento básico, cuidados e acolhimento de toda a população, em especial os mais carentes e desprotegidos.
A unidade democrática e progressista poderá ser o instrumento para São Paulo dar um basta ao escandaloso e equivocado desmonte das políticas públicas populares.
Só assim o Brasil poderá abrir caminhos para reencontrar-se e acordar do terrível pesadelo em que se encontra
Marta Suplicy