Mayra Pinheiro acusa jornalista de hackear aplicativo TrateCov: Por isso foi retirado do ar

Em depoimento à CPI, Mayra Pinheiro acusou o jornalista de dados Rodrigo Menegat, que simulou um teste com perfil de recém-nascido no TrateCov e foi orientado a tratar com cloroquina e ivermectina. Veja os prints do tuite

Mayra Pinheiro (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
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A médica pediatra Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, acusou o jornalista de dados Rodrigo Menegat, atualmente na agência alemã Deutsche Welle, de invadir o aplicativo TrateCov, lançado em Manaus para auxílio no diagnóstico da Covid-19.

A invasão teria motivado a suspensão do uso do aplicativo por decisão do então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, segundo Maryra, conhecida como capitã cloroquina.

"Deixa eu pegar aqui, é um jornalista, Rodrigo Menegatti", afirmou Mayra, dizendo que foi feito um boletim de ocorrência para que a polícia abrisse uma investigação.

No dia 20 de janeiro, nove dias após o lançamento do aplicativo em Manaus, Rodrigo Menegat, publicou nas redes sociais que acessou o aplicativo e fez um teste usando o perfil de um recém-nascido.

"Bicho, eu acabei de colocar no aplicativo TrateCov que meu paciente é um recém nascido de uma semana que tem dor de barriga e nariz escorrendo. O aplicativo recomendou cloroquina, ivermectina, azitromicina e tudo o mais. Crime, crime, crime, crime", publicou Menegat, que apagou as publicações após a médica citar seu nome na CPI do Genocídio.

Na sequência, ele ressaltou que não é médico - "sou jornalista e programador". "Escrevi "meu paciente" pra descrever uma situação hipotética, como se fosse um médico usando a ferramenta TrateCov. Fiz vários testes com "pacientes" hipotéticos. Já tem doido me acusando de falsidade ideológica", afirmou ele, mostrando que outros jornalistas também usaram a ferramenta no mesmo dia.

Mayra Pinheiro confirmou à CPI que "minha secretaria foi a responsável pelo desenvolvimento do projeto".