MBL entra com ação na Justiça para proibir churrasco de Bolsonaro

Grupo, que aponta "abuso de direito" no evento que seria promovido em meio à pandemia, ainda comemorou o fato da ação ter caído nas mãos de uma "juíza de esquerda"

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O Movimento Brasil Livre (MBL) protocolou, junto à Justiça Federal do Distrito Federal, na noite desta sexta-feira (8), uma ação para proibir o presidente Jair Bolsonaro de promover um churrasco neste sábado (9), conforme havia prometido.

Na tarde de sexta, o presidente afirmou que faria um churrasco para cerca de 30 pessoas e, mais tarde, após a notícia de que o Brasil bateu recorde no número de mortes em decorrência da Covid-19 em 24 horas, ainda debochou e disse que o evento seria para 3 mil pessoas.

Na ação, o advogado do MBL, Tiago Pavinatto, apontou que Bolsonaro, ao promover o evento, estaria cometendo "abuso de direito".

"Atuando em seu âmbito pessoal e dentro de sua residência, mesmo sem afrontar a lei vigente, no exercício de seu direito de fazer um churrasco exercido de maneira legítima apenas na aparência, Bolsonaro excede manifestamente os limites impostos pela boa fé, pelos bons costumes e as finalidades sociais e econômicas que podem existir neste ato", diz na peça entregue à Justiça.

O perfil do MBL de São Paulo no Twitter comemorou o fato de ação ter caído nas mãos de uma "juíza de esquerda".

"Esse canalha não vai ter vida mansa se depender do MBL", escreveu Renato Batista, um dos coordenadores do grupo.