Michelle Bolsonaro vai à polícia para abertura de inquérito criminal contra críticos das redes sociais

Críticas ganharam força após inquérito detectar depósitos de Fabrício Queiroz na conta da primeira-dama que somam R$ 89 mil

Foto: Daniel Estevão/MJSP
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A primeira-dama Michelle Bolsonaro foi à 4ª Delegacia de Investigações Gerais sobre Crimes Eletrônicos, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), em São Paulo, nesta quinta-feira (24), para autorizar a abertura de um inquérito criminal contra pessoas que a criticam nas redes sociais.

O provedor de internet de onde partiu os ataques está em São Paulo e, por isso, o processo foi iniciado no estado. Michelle ficou cerca de 10 minutos no prédio do Deic e deixou o local sem fazer declarações à imprensa. As informações são da CNN Brasil.

Policiais disseram ainda que o advogado de Michelle foi quem solicitou a abertura do inquérito e, por se tratar de uma ação privada, Michelle precisou comparecer à delegacia para ratificar os termos. O inquérito está em segredo de Justiça.

Críticas à primeira-dama ganharam força com a abertura do inquérito que investiga um suposto esquema de rachadinha no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro. A quebra de sigilo bancário do ex-assessor do filho do presidente, Fabrício Queiroz, encontrou depósitos feitos por ele e a esposa na conta da primeira-dama que somam R$ 89 mil.

Com isso, Michelle passou a ser alvo de críticas nas redes, especialmente em forma de memes. O apelido "Micheque", por exemplo, foi replicado quase 9 milhões de vezes no Facebook, segundo a consultoria Quaest.

De acordo com a revista Veja, assessores da família Bolsonaro passaram um "pente-fino" nas redes para montar um acervo com todos os ataques contra a primeira-dama nas últimas semanas. Policiais do Deic afirmam que ofensas podem configurar crime contra a honra, calúnia e difamação.