As medidas econômicas lançadas pelo governo de Jair Bolsonaro para conter os efeitos sanitários e econômicos da pandemia do coronavírus têm causado insatisfação em muitos setores, e um deles é o das micro e pequenas empresas.
Segundo levantamento da Folha de São Paulo, as empresas com faturamento entre 28,5 mil e 360 mil reais por ano não receberam nenhuma medida de apoio do Ministério da Economia.
O professor Paulo Ribeiro, do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa), reforçou o pedido por atenção por parte do Planalto para o setor, mostrando alguns números divulgados pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas): 89% dessas empresas já estão sentido uma queda importante no seu faturamento – e em 63% delas, a queda registrada é de mais de 50%.
Também segundo o Sebrae, esse universo poderia incluir um total de 14,2 milhões de empresas, dos quais 16,8 milhões seriam microempreendedores individuais (MEIs). No entanto, o governo assegura que 2,2 milhões de MEIs receberão auxílio emergencial.
A pesquisa do Sebrae também prevê que um total de 40% das micro e pequenas empresas poderia ter que fechar temporariamente seus negócios, devido à falta de demanda.